"Estou enviando meus parabéns a todos e desejando comemorações muito animadas, porque realmente Icó é um dos municípios do Estado do Ceará carregados de História, de tradição", destacou o ex-governador Lúcio Alcântara em entrevista à Rádio Brasil FM, na última quinta-feira [23].
O ex-senador destacou os "sobrados, a festa religiosa tradicional do Senhor do Bonfim, o teatro, a história escrita pelo Dr. Pedro Théberge, que escreveu muito bem sobre isso. Quero parabenizar os icoenses e todo o povo de Icó pela comemoração de mais um aniversário."
Alcântara recordou quando esteve na cidade na condição de governador, no dia 11 de janeiro de 2006, data na qual foi realizada a abertura do 1º Festival de Música de Câmara do Centro Sul e Vale do Salgado e inaugurado o Teatro da Ribeira dos Icós, juntamente com o então ministro da Cultural, Gilberto Gil, e o então prefeito de Icó, Cardoso Mota.
"Nós cultivamos muito essa tradição, essa história, inclusive fazendo a restauração do Teatro da Ribeira dos Icós, um teatro muito bonito, histórico, patrimonio histórico do Ceará. E tivemos a oportunidade de incentivar todas essas atividades no Icó, não só no Icó, mas no Icó principalmente porque é tombada e eu participei desse início enquanto senador , lá no ministério da cultura", pontuou.
Na época, a imprensa de todo o Brasil esteve presente e apresentou a todo o país "uma dessas pérolas do interior do país que quase ninguém conhece", assim apresentando o Teatro da Ribeira dos Icós. A construção neoclássica foi recuperada com recursos do Programa Monumenta, do Ministério da Cultura, orçados na época emR$ 191 mil na recuperação [R$ 1,8 milhão em todo o conjunto arquitetônico de Icó].
"Nós temos que valorizar isso. Infelizmente, tudo isso foi abandonado. Tudo isso foi deixado de lado, esquecido", apontou o ex-governador, citando indiretamente o Festival de Música de Câmara do Centro Sul e Vale do Salgado, que tinha sede em Icó e não teve continuidade na gestão Cid Gomes.
Ainda naquela data de 11 de janeiro de 2006, estava presente a então secretária da Cultura do Ceará, Cláudia Leitão, e escritora Ana Miranda [autora de "Boca do Inferno" e "Desmundo"], cujo pai é natural do Icó.
"Nós temos no Icó uma cidade histórica. Uma cidade que diz respeito ao desenvolvimento, ao progresso do Ceará a partir do chamado Ciclo do Boi, quando aí havia um grande rebanho que abastecia até o Sul do país, através do porto do Aracati. Era chamado a carne do Ceará, que depois foi se transformar naquelas charqueadas, lá em Pelotas, Rio Grande do Sul", ressaltou Lúcio Alcântara.
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