Cajucultura poderá sumir em cinco anos no Ceará

O Planeta Terra passa ultimamente por rápidas mudanças climáticas, e o Ceará, inserido no bioma da Caatinga, não fica de fora desta drástica transformação causada pelo ser humano. O fato é que um dos símbolos do Estado, como de sua economia, sofre com a situação.

O Estado, que é o maior produtor de castanha de caju do País, corre o risco de ver sua produção desaparecer ao longo do tempo, que pode ser não tão longo assim. A matéria do Jornal O Estado, desta quinta-feira (26), retrata a preocupação com a possibilidade da ausência da cajucultura no Ceará.

Caso não haja uma mudança radical nos tratos com a produção, o fato é que a possibilidade pode ser tornar cada vez mais realidade. O periódico traz a afirmação do engenheiro agrônomo e presidente do Sindicato dos Produtores de Caju do Ceará (Sincaju), Paulo de Tarso, de que 30% dos cerca de 350 mil hectares de caju estão improdutivos, atualmente.

Outro fator preponderante na situação de risco está por conta do manejo inadequado, que ainda seria feito por meio da cultura extrativista, reforça o engenheiro agrônomo ao Jornal cearense. Esta situação estaria causando também um grande desperdício do pedúnculo, o próprio caju. Juntos, os fatores são apontados para que não haja a 'exaustão da atividade', que teria provocado o fim da cultura do algodão, o 'ouro branco' do Ceará de antigamente.


O CUSTO - Como se não bastasse, o preço da castanha têm caído e a comercialização não consegue cobrir, em alguns casos, os gastos dos produtores. O corte dos galhos do cajueiro para a venda como lenha tem sido a saída para alguns, conforme afirma ao Jornal O Estado o presidente do Sincaju. A cadeia produtiva emprega, hoje, cerca de 150 mil pessoas.

A previsão é de que a safra de 2010 seja 40% menor em comparação ao ano de 2009. Horizonte e Pacajus poderão ser a excessão, confirmando uma boa safra. Enqaunto na outra ponta, como Itapipoca, Camocim e Cascavel, a produção deverá cair.

A busca para sair desses fatos negativos seria, conforme exemplifica o engenheiro agrônomo na matéria, ajuda dos governos federal, estadual e municipal, por meio de invesimentos em qualificação de agentes rurais e técnicos agrícolas em cada município especificamente para a cajucultura; utilização de clones de cajueiro de alta produtividade; substituição do cajueiro comum pelo cajueiro anão precoce; e agregar valor ao pedúnculo, o caju.
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Publicado por Jornalismo

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