
A publicação, com base em dados de 2010, propõe uma discussão sobre os critérios até então utilizados na delimitação do território nacional, de forma a aprimorar o Censo Demográfico de 2020, para oferecer à sociedade avanços na diferenciação das áreas rurais e urbanas, de modo a “subsidiar a implementação de políticas públicas e o planejamento em geral no país”.
ICÓ COM BAIXA URBANIZAÇÃO - Dos dados apresentados, especialmente nos mapas, o município de Icó apresenta-se com uma "unidade populacional que possui entre 25.000 e 50.000 habitantes em área de ocupação densa" em uma "classificação segundo a população total em área de ocupação densa" [Mapa 01].
Estes dados se complementam com o Mapa 02, de "classificação das unidades populacionais segundo o grau de urbanização", no qual o Icó é apontado como "unidade Populacional com baixo grau de urbanização", onde se apresenta "menos de 50% da população residente em áreas de ocupação densa" na cidade icoense.
Os números apresentados corroboram com o Censo de 2010, que divide a população icoense entre a cidade e a zona rural, estimada em no município em 67.345 habitantes para 2016, metade distribuída na cidade e a outra metade espalhada nos distritos de Lima Campos, Icozinho, Cruzeirinho, São Vicente e Santa Cruz da Serra.
Ainda conforme o IBGE, o Icó é considerado um município intermediário, onde estão os municípios "que possuem entre 25.000 e 50.000 habitantes em área de ocupação densa com grau de urbanização entre 25 e 50%".
No cruzamento de dados e informações colhidas, situa o Icó enquanto "município intermediário adjacente" segundo a média estadual e nacional, por encontrar-se próximo dos centros urbanos regionais, estaduais e nacionais.
REFLEXÕES DO BRASIL - As principais conclusões da nova classificação dos municípios de acordo com a tipologia rural-urbana, segundo grande região e população indica que, no Brasil, 76% da população vivia em municípios urbanos e 60% dos municípios eram rurais.
No Norte, 10,5% da população residia em municípios rurais remotos e 65% do número de municípios eram rurais; no Nordeste, um terço da população residia em municípios rurais, representando 68,9% do total de municípios; no Sudeste, 87% da população residia em municípios urbanos; no Sul, apenas 0,05% da população residia em municípios remotos; no Centro-Oeste, 79,8% da população reside em municípios urbanos.
A partir do cruzamento das variáveis do IBGE, os municípios se classificariam em cinco tipos distintos: o urbano, o intermediário adjacente, o intermediário remoto, o rural adjacente e o rural remoto.
O novo retrato que o IBGE propõe confirma o Sudeste como a região mais dinâmica do país; o Centro-Oeste como uma região de grandes contrastes; o Sul com as menores proporções de municípios intermediários e remotos [urbanos e rurais]; o Nordeste com menor percentual de pessoas em áreas urbanas; e o Norte com elevado percentual de municípios rurais.
* Com informações do IBGE e Agência Brasil
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