Números que confirmam a oscilação e a instabilidade da quadra chuvosa no município de Icó nesta década.
A quadra invernosa de 2017, fechada na última quarta-feira, dia 31 de maio, confirmou um ano de menos chuva que o esperado: 520,6 mm de 603,8 mm esperados entre fevereiro a maio [- 13,7 %].
Os dados, oficiais da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos [Funceme], apontam ainda que, se observarmos como se encontra esta década em termos de chuva no território icoense, se observam dois anos anos de chuva acima da média seguido de dois anos abaixo da média.
A incerteza de chuvas pode ser observado no quadro ao lado, elaborado a partir dos dados da Funceme.
Eles apontam que a situação é crítica, mas que há períodos de intercalação entre as secas. Contudo, entre 2012 e 2017, apenas 2014 e 2015 tiveram um bom "inverno".
Podemos verificar, ainda, que entre um ano de grande pluviometria, em 2011 [822,4 mm], e de escassez chuvosa, em 2013 [480,5 mm], percebe-se a necessidade de políticas públicas que possam resguardar as chuvas acima da média e que preparem para anos com pouca chuva, a exemplo deste ano e do ano passado, que foram abaixo dos 600 mm.
Os números da década de 2010-2019 estão quase fechados, com sete anos computados e, somados, foram 4.841 dos 4.600,4 mm esperados, o que aponta que as águas caíram 5,2 % além do esperado.
Este último dado interessante aponta e reafirma a necessidade de planejamento para contarmos com mais meios que não deixe populações afastadas da Sede com problemas de acesso a água.
Além disso, a própria cidade vê com receio os sete meses que virão pela frente e o seu principal reservatório, o açude Lima Campos, se encontrar com apenas 9% de água acumulada para atender dezenas de milhares de pessoas diariamente por ainda 210 dias até o próximo "inverno".
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