Chuvas abaixo da média na quadra invernosa de 2012 e poucas precipitações em janeiro, fevereiro e início de março de 2013 reforçam a sequidão pelo sertão cearense.
E o fato não é diferente em Icó, especialmente no Perímetro Irrigado Icó-Lima Campos [PILC], que foi destaque em uma matéria especial da edição deste sábado [9] do Jornal O Povo.
A notícia do periódico cearense reafirma a dificuldade vivida pelos agricultores que ainda se utilizam de uma estrutura sem que não recebeu a devida atenção à sua infraestrutura, atualmente sucateada.
Há mais de 15 anos, o PILC sofre com o abandono e tem a sua situação agravada com a estiagem do ano passado e com a pouca chuva nos primeiros 60 dias deste ano.
NA MATÉRIA A reportagem do O Povo aponta que, segundo a Associação do Distrito de Irrigação Icó-Lima Campos [Adicol], apenas 40% dos 2.541 hectares são irrigados, com águas dos açudes Orós e Lima Campos, com plantações de arroz, banana, coco, e graviola, entre outros, baseado na pequena produção e agricultura familiar.
O texto ainda aponta que, de acordo com cálculos do Dnocs, seriam necessários R$ 16 milhões para construir o canal, mas segundo o coordenador de Tecnologia e Operações Agrícolas do Dnocs, Douglas Augusto Pinto Junior, a nova estimativa é de R$ 19 milhões. Entretanto, incluindo a reforma da estrutura antiga, o valor atingira R$ 40 milhões. Veja o texto completo abaixo:
Seca agrava situação de perímetro irrigado em Icó
O perímetro irrigado Icó-Lima Campos já vinha sofrendo sem abastecimento d´água. Dnocs promete recursos
A seca de 2012 e seu prolongamento este ano agravaram uma região de Icó, no centro-sul cearense, com profundos problemas hídricos já há cerca de 15 anos: o perímetro irrigado Icó-Lima Campos, de implantação iniciada em 1969 pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) e operação a partir de 1973, continua sofrendo com a falta de água para a agricultura.
Em 2.541 hectares, vivem 2.134 famílias. Segundo a Associação do Distrito de Irrigação Icó-Lima Campos (Adicol), apenas 40% desses hectares são irrigados - beneficiando somente 460 famílias. A água vem dos açudes Orós e Lima Campos, e a produção, baseada em pequenos produtores e agricultores familiares, desenvolve, entre outros produtos, arroz, banana, coco, e graviola.
As quatro zonas de bombeamento pararam devido a uma estiagem no final dos anos 1990, segundo o presidente da Adicol, Rui Teixeira Pinto. Além disso, elas representariam custo elétrico elevado para os trabalhadores rurais. A comunidade passa também por processo de emigração.
A solução seria transformar as áreas de bombeamento em regiões cujo transporte de água seja com tubulação sob o rio Salgado e distribuição através de canal de gravidade.
Conforme cálculos do próprio Dnocs, são necessários R$ 16 milhões para construir o canal. Atualmente, estudo é realizado para atualizar valores. O coordenador de Tecnologia e Operações Agrícolas do Dnocs, Douglas Augusto Pinto Junior, avalia que, na nova forma de transporte de água, devam ser gastos, na verdade, R$ 19 milhões.
Entretanto, é preciso também reformar a estrutura antiga. Isso pode fazer toda a obra chegar a R$ 40 milhões. “Estamos prevendo já começar a licitar neste semestre . Ou parte de recuperação ou do próprio canal”, conclui.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Os agricultores assentados no perímetro irrigado de Icó-Limas Campos sofrem com a falta de abastecimento de água há cerca de 15 anos. A seca de 2012 agravou a situação. Dnocs promete investimentos já este ano.
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