Era uma vez uma pacata cidade *


O caderno Policial foi tenso essa semana no Icó. Até espada de samurai foi aprendida.

Operações a princípio bem sucedidas realizadas pela a polícia em Icó e região. Daí vem a necessidade de refletir sobre o tema em pauta: Criminalidade. Assaltos à bancos, roubo de veículos, tráfico de entorpecentes, porte ilegal de armas, homicídios, agressões...

Não é uma questão inédita para surpreendermos, principalmente para nós que moramos e frequentamos constantemente a cidade grande, onde esse problema é mais intensificado.

E está aí o "Q" da questão. Aqui na capital, por exemplo, vivemos quase acostumados com isso, ou melhor, vivemos preparados para o que possa a vir a acontecer já que o perigo pode sair da esquina e cruzar seu caminho a qualquer momento e com maior frequência.

É lamentável o fato desse problema está crescendo no nosso interior, onde há alguns anos, eu saia daqui de Fortaleza para o Icó vangloriando a paz e a tranquilidade da cidade que um dia foi pacata.

Lembro eu voltando de madrugada das calçadas dos amigos com meu violão nas costas sem preocupar-me com meliantes e se vinha a acontecer algo, era quase inusitado. Hoje temo sair até com meu aparelho celular, outra vez que uma amiga falou-me que tomaram o seu da sua mão enquanto passeava na garupa da moto de sua mãe no centro da cidade.

A cidade hoje ainda é pequena em termo de zona urbana, e isso é uma vantagem quando se busca uma solução para esse problema. A cidade vai crescendo e, nessa proporção, a periferia aumenta assim como a necessidade de qualidade de vida.

Quem tem pouco precisa com urgência satisfazer sua necessidade.

E quando a sociedade nos transmite a ilusão de que o nosso verdadeiro valor é o que Temos e não o que Somos, relembro alguns pontos que já tratei noutra postagem que se reflete bem nesse assunto: Veja como se expressa no Twitter, Que direi o que tu pensas!. A Urgência do Ter passa a ser a nossa maior vilã e o Bicho Papão do desassossego de nossas mães que não dormem enquanto não chegamos em casa.





E, como não quero conquistar o que desejo na velocidade de uma 600 cilindradas em detrimento de uma cidade pobre necessitada, vou esperar o suor do meu esforço me recompensar.


* Texto escrito por Pedro Lucca Cândido - Estudante de Arquitetura e Urbanismo, cantor e compositor, em seu blog "Flagrando-me disperso"
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Publicado por Jornalismo

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