Cidadãos icoenses do Século XIX *

Capitão José Lourenço Collares [português] e sua esposa,
Dona Carolina de Azevedo Villarouca [espanhola]



Registro fotográfico fornecido para a constituição do acervo do blog, pelo Sr. José Lourenço Colares [bisneto do referido casal] e sua esposa, D. Maria Socorro Felinto Colares.

CONTEXTUALIZAÇÃO

Vindos do litoral cearense, da cidade do Aracati, esse nobre casal europeu do século XIX, fez morada na celebrizada Ribeira dos Icós, em um período no qual a cidade passava por uma forte capitalização, resultante das grandes criações bovinas aqui desenvolvidas, durante o opulento ciclo do gado.

Aparentemente jovens, os fidalgos estão trajados com nobres roupas e ambos demonstram expressões faciais plácidas e posições elegantes, para um ato fotográfico que na época foi realizado através do método daguerreótipo, criado pelo francês Louis Daguerre, em 1837.

Capitão José Collares e Dona Carolina Villarouca, construíram um sobrado revestido de azulejos portugueses, na Rua Ilídio Sampaio ou '' Rua Grande '' de Icó, também conhecida em tempos remotos pela denominação de '' Rua da Corte '' por ter sido habitada por europeus, primitivos residentes dos sobrados e casarões dessa nobre e elitizada via, situada em pleno coração histórico de Icó.

Em Icó, foram contemporâneos de João Lourenço Collares [português], Antônio Lourenço Collares [português], Coronel Antônio Ribeiro [português – nosso progenitor que chegou à província com 17 anos], Antônio Ferreira Antero [espanhol], Antônio Maria Magalhães [português], Baltazar Ferreira Lima [português] e outros europeus que também alicerçaram suas moradias na sublime Icó do século XIX.

Suas escravas eram: Inácia, Maria e Joaquina, alforriadas pelo referido casal, em 1883, ano que foi registrada a libertação dos escravos de Icó.


Fonte de estudo:

CEARENSE. Sociedade Libertadora. A primeira cidade livre do Império. Libertador, Fortaleza, 6 mar. 1883.

CEARENSE. Sociedade Libertadora. Icó, relação dos escravos alforriados. Libertador, Fortaleza, 6 mar. 1883.


O SOBRADO REVESTIDO DE AZULEJOS PORTUGUESES
[Supomos que seja este o sobrado que pertenceu ao nobre casal]







Meus sinceros agradecimentos ao Sr. Colares, e a sua esposa, D. Socorro Colares, pessoas nas quais eu tenho grande respeito e benevolência.

* Texto escrito e fotos de Luan Sarmento - Bacharelando em Serviço Social e pesquisador da História de Icó, em seu blog Icó Arte Barroca
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Publicado por Jornalismo

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