Muitos de nós que queremos uma imprensa livre da tutela do Estado e da censura, o fazemos porque acreditamos que a informação deve circular sem distorções e a verdade dos fatos apresentada independentemente do interesse que contrarie.
O acima, porém, é apenas um ideal e não uma realidade. A imprensa falada, escrita e televisada, como se costuma dizer, tem lado. Outrora explícito, como quando a Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda, e o Diários Associados de Assis Chateaubriand faziam campanha ostensiva a Vargas. Hoje escamoteado pela informação enviesada.
Como não há nada a impedir que um jornal declare apoio a determinado candidato, a não ser a legislação eleitoral em voga que não admite desequilíbrio que beneficie um candidato e prejudique outro, ou se faça campanha em fragante desrespeito a imagem do adversário, diferentemente das emissoras de TV e radiodifusão que utiliza o espectro radioelétrico, portanto depende de concessão pública e não podem usá-lo ao seu bel prazer, haja visto que estão sujeitas a normas previamente definidas em lei e submetidas ao controle da União, seria mais honesto que revelassem a seus leitores que nas eleições tal estão a favor de candidato X por razões de afinidades ideológicas ou programáticas, ao invés de propalarem imparcialidade quando até o mundo mineral consegue identificar por quem eles dobram os sinos.
Uma rápida olhadela nas páginas impressas dos jornalões do eixo Sul-Sudeste é suficiente para reconhecer a favor de que interesse orbitam as opiniões que defendem. Às vezes chegamos a nos confundir se o programa de governo das oposições é das oposições ou desses jornalões.
Por exemplo, quando dizem que o governo gasta mau, é porque estão a favor do famigerado choque de gestão tão decantado nas gestões tucanas e consiste na defesa do Estado mínimo, do corte dos programas sociais como o Prouni, Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família, a Universidade Pública e o Ensino Tecnológico, o fortalecimento das Estatais que garantiram o país sair mais rapidamente da crise internacional, o fim das cotas raciais que permitem o negro ingressar na Universidade, a Reforma Agrária, a Demissão em massa de Funcionários públicos, o fechamento de Embaixadas que alçaram o Brasil à condição de protagonista no concerto das nações, remetendo o país a mero quintal do Império e, por último, a desregulação da CLT que deixaria milhões de trabalhadores entregues à sanha dos que detém o capital, enquanto ao Estado restaria somente aquilo que não se traduz em lucro, fatores que transformariam um exército de despossuídos em uma legião de zumbis.
Não se aperceberam ainda que não poderão fazer indefinidamente seus leitores de parvos. Não obstante, o que surpreende mesmo é a postura da procuradora eleitoral no atual processo de eleição que tem embasado muitas das suas representações contra a candidata do governo, naquilo que é publicado nesta imprensa partidária.
Pelo grau de conhecimento que possui a doutora Sandra Cureau, não poderia se deixar levar pelo interesse golpista da mídia que já vislumbra que no voto do eleitor a eleição se encaminha para uma definição favorável a candidata do presidente, e o que lhes resta é o tapetão dos tribunais.
Açulada pela mídia, a doutora Sandra revelou a Folha de São Paulo que está reunindo informações para pedir ao TSE a abertura de uma AIJE ( Ação de Investigação Judicial- Eleitoral) que poderá resultar na negação do registro da candidatura de Dilma ou no cancelamento de sua diplomação se vier a eleger-se.
Onde a doutora Sandra busca tais informações? Nas páginas impressas da mídia partidária como se depreende do conteúdo da representação resultante do evento do lançamento do navio da Transpetro, em Pernambuco, que se baseia exclusivamente em recortes de jornais. Se assim é, então substituamos o eleitor pelas idiossicrasias da imprensa e confessemos que as eleições deste país é uma farsa.
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* Texto escrito e enviado por Kid Jansen de Alencar Moreira
O acima, porém, é apenas um ideal e não uma realidade. A imprensa falada, escrita e televisada, como se costuma dizer, tem lado. Outrora explícito, como quando a Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda, e o Diários Associados de Assis Chateaubriand faziam campanha ostensiva a Vargas. Hoje escamoteado pela informação enviesada.
Como não há nada a impedir que um jornal declare apoio a determinado candidato, a não ser a legislação eleitoral em voga que não admite desequilíbrio que beneficie um candidato e prejudique outro, ou se faça campanha em fragante desrespeito a imagem do adversário, diferentemente das emissoras de TV e radiodifusão que utiliza o espectro radioelétrico, portanto depende de concessão pública e não podem usá-lo ao seu bel prazer, haja visto que estão sujeitas a normas previamente definidas em lei e submetidas ao controle da União, seria mais honesto que revelassem a seus leitores que nas eleições tal estão a favor de candidato X por razões de afinidades ideológicas ou programáticas, ao invés de propalarem imparcialidade quando até o mundo mineral consegue identificar por quem eles dobram os sinos.
Uma rápida olhadela nas páginas impressas dos jornalões do eixo Sul-Sudeste é suficiente para reconhecer a favor de que interesse orbitam as opiniões que defendem. Às vezes chegamos a nos confundir se o programa de governo das oposições é das oposições ou desses jornalões.
Por exemplo, quando dizem que o governo gasta mau, é porque estão a favor do famigerado choque de gestão tão decantado nas gestões tucanas e consiste na defesa do Estado mínimo, do corte dos programas sociais como o Prouni, Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família, a Universidade Pública e o Ensino Tecnológico, o fortalecimento das Estatais que garantiram o país sair mais rapidamente da crise internacional, o fim das cotas raciais que permitem o negro ingressar na Universidade, a Reforma Agrária, a Demissão em massa de Funcionários públicos, o fechamento de Embaixadas que alçaram o Brasil à condição de protagonista no concerto das nações, remetendo o país a mero quintal do Império e, por último, a desregulação da CLT que deixaria milhões de trabalhadores entregues à sanha dos que detém o capital, enquanto ao Estado restaria somente aquilo que não se traduz em lucro, fatores que transformariam um exército de despossuídos em uma legião de zumbis.
Não se aperceberam ainda que não poderão fazer indefinidamente seus leitores de parvos. Não obstante, o que surpreende mesmo é a postura da procuradora eleitoral no atual processo de eleição que tem embasado muitas das suas representações contra a candidata do governo, naquilo que é publicado nesta imprensa partidária.
Pelo grau de conhecimento que possui a doutora Sandra Cureau, não poderia se deixar levar pelo interesse golpista da mídia que já vislumbra que no voto do eleitor a eleição se encaminha para uma definição favorável a candidata do presidente, e o que lhes resta é o tapetão dos tribunais.
Açulada pela mídia, a doutora Sandra revelou a Folha de São Paulo que está reunindo informações para pedir ao TSE a abertura de uma AIJE ( Ação de Investigação Judicial- Eleitoral) que poderá resultar na negação do registro da candidatura de Dilma ou no cancelamento de sua diplomação se vier a eleger-se.
Onde a doutora Sandra busca tais informações? Nas páginas impressas da mídia partidária como se depreende do conteúdo da representação resultante do evento do lançamento do navio da Transpetro, em Pernambuco, que se baseia exclusivamente em recortes de jornais. Se assim é, então substituamos o eleitor pelas idiossicrasias da imprensa e confessemos que as eleições deste país é uma farsa.
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* Texto escrito e enviado por Kid Jansen de Alencar Moreira
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