AS DROGAS E A PONTE PIQUET CARNEIRO *

Apesar do Conselho Tutelar icoense ser um dos mais atuantes da região, ainda é muito crescente o envolvimento de crianças e adolescentes consumindo drogas em Icó.

O combativo Ministério Público, com assento em nossa Comarca, tem sido avisado da terrível situação de nossas crianças e adolescentes relacionados às drogas.

Ocorre, que o nefasto “terror” e da realidade já observada por muitos, a problemática não se desenvolve apenas pela miséria aqui constatada, mas chega à classe média (já que no Icó não existem ricos) com a mesma força e intensidade de um furacão.

A família, obra prima da natureza, como dizia o Papa Pio X, não interage com os filhos para buscar saídas saudáveis, que não seja a falsa sensação de “poder, superioridade”, que a cocaína, o crak e a maconha, transmitem de forma efêmera, mais sedutora.

A polícia civil do Icó, prendeu nos últimos dias, vários pequenos traficantes responsáveis pela distribuição nas chamadas “bocas de fumo” da urbe. O caderno apreendido com os comerciantes e profissionais das drogas, com listagens imensas de nomes de nossos “filhos”, foram levantadas e anotadas pelas autoridades.


É grave o resultado obtido. Repito: muito grave!

É o Icó anônimo. A maioria das pessoas nem sabe do que se passa em nosso próprio quintal. As drogas estão em todo lugar. O medo desta doença, silenciosa em nosso meio, pode gerar problemas indeléveis a sociedade, no presente e no futuro.

Soube há pouco, que a Polícia Civil e Federal, já tem o mapa icoense da distribuição da maldita.

O trabalho tem que ser conjunto, não somente das autoridades constituídas, mas do poder público, em todas as esperas, das igrejas, da família e, principalmente, da sociedade que deve emprestar seus olhos e atitudes, para delatar hediondo crime contra as nossas crianças, adolescentes, enfim, nossos filhos.

Este missiva, na última sexta-feira, junto de um casal de amigos, almoçava no restaurante Piovanni, ao lado da Ponte Piquet Carneiro, que dá acesso ao Icó pela Br\Ce Tarcísio Monteiro. Nada de anormal, se não avistássemos ali, três crianças (de 10 a 13 anos) debaixo de nossa bonita e ousada Ponte, cheirando cola e solvente.

 
O simpático garçom Valdir, que nos servia, informou que diariamente é visto naquele local, várias crianças e adolescentes, passando o tempo “cheirando estas porcarias”. A realidade bate a nossa porta, com ar de pseudo-crescimento, trazendo consigo coisas boas e ruins. Quem imaginava, há alguns anos, que pudesse existe em nossa secular Icó drogas como cocaína, crak e maconha.

Gostaria de voltar ao assunto com mais discussão.

Mudar este quadro horroroso é uma tarefa para adultos e para cidadãos.
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* Texto escrito por Fabrício Moreira da Costa 

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Publicado por Jornalismo

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