A PARÁBOLA DO SAPO FERVIDO *

No último texto que escrevi – Repúdio aos administradores do Icó – pedi que o homens e mulheres do Icó, não se transformassem no sapo da Parábola que escreverei a seguir. Não é preciso que você homem ou mulher seja uma pessoa de grande influência, para tentar mudar algo de errado que está acontecendo a sua volta, principalmente quando esse erro ameaça você e as demais gerações vindouras.

O que será de seus filhos, netos, bisnetos e assim por diante, se você cruzar os braços, para esses descasos e não mostrar seu repúdio, sua indignação, sua insatisfação. Esses seus descendentes não terão futuramente nem mesmo uma cidade para chamar de terra natal, pois serão obrigados a procurarem fora o que em sua terra natal, não conseguirão encontrar, pois você calou-se diante daqueles que a destruíam, sobre seu olhar inerte.

Esses que hoje destroem essa cidade, daqui à alguns anos estarão descansando em suas casas, protegidas por cercas elétricas, câmaras de vigilância e com uma boa conta bancária, que significará um emprego vitalício, com direito a transferi-lo para os seus descendentes, enquanto você amargará para sempre a dúvida de até quando terá que sofrer, para desfrutar de uma vida melhor.



A PARÁBOLA DO SAPO FERVIDO

Vários estudos biológicos provaram que um sapo colocado num recipiente, com a mesma água de sua lagoa fica estático durante o tempo em que se aquece a água, até que ela ferva.

O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura (mudança de ambiente), e morre quando a água ferve; inchado e feliz! Por outro lado, outro sapo que seja jogado neste recipiente já com a água fervendo salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo!

Algumas pessoas tem um comportamento similar ao do sapo fervido. Não percebem as mudanças, acham que está tudo bem, que tudo passa . . . é só dar um tempo. E ficam obsoletos, “morrendo” sem ter percebido as mudanças. Outros, vendo as transformações, pula, saltam, em ações que representam as mudanças necessárias.

Vários sapos fervidos estão por ai. Prestes a morrer, porém boiando estáveis na água que se aquece a cada minuto. Sapos fervidos que não percebem que o conceito de gerenciar mudou.

Os sapos fervidos não perceberam, também:

a) que ale de serem eficientes (fazer certo as coisas), precisam ser eficazes (fazer as coisas certas);

b) que o clima interno deve ser favorável ao crescimento profissional, com espaço para o diálogo, para a comunicação clara, para o compartilhamento, para o planejamento e para a relação adulta.

O desafio ainda maior está na humildade de atuar de forma coletiva. Durante anos cultivamos o individualismo, e a mudança exige como resposta e esforço coletivo, a essência da eficácia. Tornar as ações coletivas exige muita competência interpessoal para o desenvolvimento do espírito de equipe, exige saber partilhar o poder, delegar, acreditar no potencial das pessoas e saber ouvir.

Os sapos fervidos, que ainda acreditam que fundamental é a obediência e não a competência; que manda quem pode e obedece que tem juízo, “boiaram” no mundo da produtividade, da qualidade e do livre mercado, e não sobreviverão.

Acordem, sapos fervidos. . . Acordem, icoenses . . .

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Damião Diniz – Teresina(PI), 27 de maio de 2009

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Publicado por Jornalismo

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