Há casos de Dengue notificados no Ceará desde 1986, nesses últimos 22 anos a dengue se manifestou de forma endêmica com o registro de quatro picos epidêmicos nos anos de 1987, 1994, 2001 e 2008.
Destacam-se as epidemias de 1994 pelo maior número de casos confirmados e 2008 com o maior numero de casos hemorrágicos da doença. Em 1994 o principal fator para a ocorrência dos primeiros casos hemorrágicos foi à circulação do sorotipo dois.
Atualmente, existe um grande numero de municípios com a presença do Aedes Aegypti e a perspectiva para o Brasil, passa a ser de controle e não mais de erradicação desse vetor. Desta forma, com a circulação simultânea de três sorotipos e um grande numero de municípios infestados pelo Aedes aegypti já a partir do ano de 2001 o numero de casos graves da doença começou a aumentar.
No Ceará, como em outros estados nordestinos, os principais depósitos infestados são aqueles de grande volume, utilizados para acumular água (caixa d' água, tambores, potes de barro, tinas e tanques).
Destaca-se ainda que nos últimos sete anos, foram registrados casos da doença em todos os meses do ano, sempre com um predomínio no primeiro semestre, devido provavelmente ao aumento da pluviosidade, temperatura e umidade.
Dados ainda parciais de 2008 revelam que 92,9% dos municípios realizaram pelo menos cinco ciclos de visitas domiciliares e destes, 42,4% alcançaram a meta do Ministério da Saúde, de seis ciclos de visitas domiciliares.
Na última avaliação destes ciclos, 76% dos municípios encontravam-se com infestação vetorial inferior a 1%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde do Brasil. No ano de 2008 o ceará apresentou o 2° maior numero de casos de Dengue desde 1986. Isso ocorreu principalmente em virtude de elevadas infestações pelo mosquito, o mês que teve grande destaque foi o mês de abril, com quase 13.000 casos confirmados.
Além disso, mais de 80% dos casos clássicos ocorreram em apenas 34 municípios do Estado. Nesse ano de 2009 no Ceará, até o dia 30 de janeiro foram notificados 62 casos suspeitos de dengue em 22 municípios, distribuídos em 13 Células Regionais de Saúde. Destes 03 casos foram confirmados laboratorialmente em 03 municípios e 41 amostras foram negativas.
O município preocupado com um possível surto da doença realizou no dia 02 desse mês o Primeiro Encontro de Mobilização de Combate a Dengue. O encontro contou com a participação de toda imprensa, agentes de saúde, Secretaria de Saúde, Regional de Saúde, representantes de associação comunitária, representantes da igreja, CDL entre outros.
Zuíla Maria Maciel, secretaria de saúde, está convencida de que a met
odologia mais importante para vencer a Dengue é a mobilização da sociedade que deverá ser a principal aliada para combater a doença, a secretária também anunciou uma reunião que acontecerá em Fortaleza com todos os gestores e com a Secretaria de Saúde de Icó, que é um Município prioritário. O encontro acontecerá nos dia 12 e 13 e debaterá formas de combate a doença.
odologia mais importante para vencer a Dengue é a mobilização da sociedade que deverá ser a principal aliada para combater a doença, a secretária também anunciou uma reunião que acontecerá em Fortaleza com todos os gestores e com a Secretaria de Saúde de Icó, que é um Município prioritário. O encontro acontecerá nos dia 12 e 13 e debaterá formas de combate a doença.A Coordenadoria Regional de Saúde de Icó, presente à reunião, orientou que fosse reativado o comitê de Mobilização de Combate a Dengue, onde pessoas que ali estavam presentes deveriam participar, formando uma comissão que posteriormente elaborarão um plano intersetorial de combate à doença, visto que é um problema de todos.
Na oportunidade, a coordenadora Luciana Barreto enfatizou que alguns municípios da região vêm apresentando elevados índices de infestação, o que naturalmente pode favorecer ao aparecimento de casos de dengue e até epidemias. Concluindo, a coordenadora reforçou o papel do Estado na parceria com os municípios quanto à questão da dengue. "Reunião por municípios estão sendo realizadas para assessoria, supervisões das ações e elaboração do plano de contingência, alem disso o Estado, através da coordenadoria, está pronto pra agir, seja na capacitação dos profissionais de saúde, bloqueio com o fumacê, fornecimento de bombas, apoio técnico e distribuição de materiais informativos". Conclui Luciana Barreto.
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* Reportagem de Nara Cristina
FOLHA DO SALGADO
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