Vemos as demais cidades do Brasil, bem como do Ceará a comemorar e/ou exaltar o patriotismo no dia que se passou, o 7 de setembro, porém uma dúvida no ar. E o Icó?
Essa dúvida persiste se lembrarmos há quanto tempo a cidade se envolveu realmente com a data de independência. E não venha me dizer aquela história de que é uma data chata e que a independência foi sem a participação popular. Essa não é a questão a ser debatida no momento, pois se nem lembramos o civismo do país, de que vale discutir algo mais complexo, se não temos o próprio conhecimento de que comemoração aconteceu neste 7 de setembro?
E a pergunta no ar se dissipa, como se dissipa algum conhecimento e/ou civismo do icoense de hoje. O que vemos é uma deterioração de costumes típicos icoenses. Todos jogados ao léu, sem nem ao menos uma chance de resposta.
E assim se foi a famosa festa do Havaí, que poucos se recordam e lembram. Pode parecer pouco, mas é assim, de um por um, que uma identidade cultura é perdida, e é isto o que o Icó passa a um certo tempo. A mudança repentina de costumes, sem o devido tempo de ser aceita ou não, apenas fazê-la.
Assim se foi a festa do Havaí. E cai por terra outro costume icoense, e já faz um bom tempo. O 7 de setembro. Este costume de relembrar a independência do Brasil, mas não somente isso. Lembrar que o Icó fez parte disso, com gente a favor e contra a liberdade do país frente a Portugal.
Lembrar disso, lembrar do Icó, é lembrar do Brasil. E, por conseguinte, novamente lembrar do Icó. É um ciclo da história fechado.
Enquanto cidades como Brasília, Fortaleza, e, chegando mais próximo a nossa realidade, Juazeiro e Iguatu ostentam o patriotismo, ficamos a esperar e agonizar em frente à TV, a mesma TV que pouco acrescenta. Mas lá fora, as ruas do Icó, ainda resistem por quem fez a história e movimentou para a concretização desta independência.
Esta população que um dia contava com grandes discussões nos becos e ruas, quando se falava em independência do Brasil, hoje não sabe ao menos o significado desta data. Tampouco conhece a si mesma quanto antes.
Já se foi a festa do Havaí e o 7 de setembro. Vamos continuar de braços cruzados?
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