Confederação do Equador, no Ceará, com o Icó no centro dos embates políticos-ideológicos do território icoense.
Este pano de fundo é apresentado na peça icoense "Antônio do Bonfim", com a figura de Antônio de Oliveira Pluma, autodenominado Pau Brasil, contra o tribunal militar conhecido por "Comissão Matuta", liderado pelo famigerado Canela Preta.
O espetáculo será apresentado pela Companhia Gemma de Teatro no Theatro José de Alencar, em Fortaleza, neste sábado [04], a partir das 18h com entrada franca. O grupo de teatro faz parte da Associação Aproarti e a encenação tem a parceria do Governo Municipal de Icó. O texto e direção do espetáculo é de Acácio de Montes.
HISTÓRIA - Em um dos episódios marcantes da Confederação do Equador ou Revolta de 1824 ocorrido em Icó, cinco líderes republicanos seriam fuzilados no pátio da Cadeia Pública local após serem sentenciados pelo tribunal militar conhecido por Comissão Matuta.
Um desses, Antônio de Oliveira Pluma, autodenominado Pau Brasil, insatisfeito com o resultado a que se via submetido, reagiu em altos brados, protestando misericórdia de quem ali se achava.
Ao ir para o fuzilamento, ele foi amarrado em cordas e forçado a se sentar em uma cadeira, onde, com olhos vendados. A população observava o fato nas proximidades do local. Na primeira ordem de tiros do pelotão, Pau Brasil pediu auxílio ao Senhor do Bonfim, fato repetido e com a mesma súplica.
Nenhum tiro lhe atingira em três tentativas, e na quarta tentativa a comunidade presente interveio e levaram Pluma amarrado até à Igreja do Senhor do Bonfim. Registros apontam que nos idos de 1840 Pau Brasil se tornou titular da Promotoria Pública da comarca de Baturité, no Ceará.
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