Perímetro irrigado do Dnocs vai usar turbina eólica para bombear água sem pagar energia

O perímetro irrigado Baixo Açu, no Rio Grande do Norte, vai ser o primeiro do Dnocs a utilizar a tecnologia de turbina eólica de eixo vertical para o bombeamento de água para irrigação, uma alternativa ao consumo de energia elétrica. 

A instalação será feita por meio de convênio do Departamento com a Universidade Federal do Ceará [UFC], que desenvolveu o sistema testado em protótipos até chegar ao produto final disponível agora no mercado.

“A energia é o insumo mais caro na irrigação. Se a fonte for a energia renovável, vai trazer economia e poderá redundar em mudança nos demais perímetros”, disse o diretor geral do Dnocs, Emerson Fernandes Daniel Júnior. 

Com o diretor de Produção e Desenvolvimento Tecnológico do Dnocs, Laucimar Loiola, ele recebeu nesta quinta-feira o professor Ricardo Emílio Quevedo, da UFC, e o empresário Dirceu Sanford, autor da patente, para a viabilização do convênio, a ser assinado na próxima semana.

O Diretor Geral informou que o projeto da turbina eólica já está desenvolvido e sua utilização por convênio vem sendo discutida desde 2012, com recurso previsto em orçamento de 2013 para empreendimento desta natureza. O equipamento será instalado com medidores de desempenho para observação dos resultados com vistas à possível implantação em outros perímetros do Dnocs que ofereçam condições adequadas de velocidade dos ventos.

A maior vantagem da tecnologia é a economia para o irrigante, avalia Laucimar Loiola ao observar que o custo da energia elétrica é o maior gargalo nos perímetros irrigados. “Aposto nesta tecnologia, que vai ser um sucesso para o pequeno irrigante”, afirmou Emerson Daniel.

A implantação da turbina eólica, que custa R$ 252,6 mil, possibilitará a irrigação de 12 hectares com capacidade para fornecer 20 mil litros de água por hora, em condições de vento na velocidade de 7 metros por segundo. O equipamento vai captar água do rio Açu e abastecer um reservatório de mil m³.

No desenvolvimento da tecnologia, que vem sendo gestada há cerca de 10 anos, o projeto recebeu apoio do Etene do Banco do Nordeste, da UFC e da Universidade Federal Fluminense, assinala Ricardo Emílio Quevedo. A turbina eólica de eixo vertical será destinada à produção de alimentação para o gado – capim, sorgo e milho - para eliminar a dependência do milho transportado da região Centro-Oeste, observa Dirceu Sanford, da empresa Sanford Empreendimentos.

Ricardo Emílio Quevedo, engenheiro mecânico com curso de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da UFC, observa que a turbina de eixo vertical é mais simples do que o aerogerador usado para gerar energia elétrica, tecnologia cara, complexa e não dominada pelo Brasil. Segundo ele, o sistema que vai ser instalado no perímetro irrigado Baixo Açu transforma energia eólica em energia mecânica, é de fácil manutenção no local onde está instalado e faz o trabalho de 10 a 15 cataventos. 


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Publicado por Jornalismo

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