Ao comentar a onda de protestos no país, o senador Inácio Arruda [PCdoB-CE] disse, na última terça-feira [18] que algumas questões precisam ser incluídas na pauta do Plenário, como a modernização do sistema de transportes, ampliação dos recursos para a educação e a saúde pública, a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário e a redução da taxa de juros.
"Só no ano passado foram R$ 219 bilhões para os banqueiros. Foi o que a banca levou do país. Não é pouca coisa. É muito dinheiro, praticamente um roubo oficializado, porque está baseado em regras legais no país", afirmou.
Segundo Inácio Arruda, a mobilização popular é importante para aprofundar as mudanças ocorridas no Brasil e o país não pode regredir nas conquistas sociais obtidas nos últimos anos, no sentido da consolidação democrática e dos avanços econômicos.
Inácio Arruda alertou que o movimento responsável pela onda de protestos não pode ser instrumentalizado. com o "falso discurso de apartidário", por setores conservadores. "Temos que ter essa consciência da batalha política que se trava em torno de bandeiras tão importantes que a juventude brasileira tem abraçado", apontou.
Inácio Arruda registrou ainda a atitude da Polícia do Senado, que, segundo ele, agiu com “tranqüilidade e paciência” em relação aos manifestantes que ocuparam a área externa do Congresso Nacional na segunda-feira [17].
Em aparte, o senador Paulo Paim [PT-RS] destacou que os protestos “dos jovens do Brasil e de outros não tão jovens" repercutiram em todo o mundo. Ele disse que o movimento vai continuar e defendeu a abertura das portas dos Poderes constituídos para atender a demanda que o povo brasileiro está colocando na pauta.
FERROVIA Em seu pronunciamento, Inácio Arruda também cobrou “explicações claras” da Companhia de Ferro do Nordeste a respeito de nota do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia [Crea] do Ceará, em repúdio à suspensão do tráfego ferroviário na rede que liga o estado a várias regiões do Nordeste. Inácio Arruda disse que o país cresceu e que a suspensão do trafego não se explica em razão da falta de mercadoria, conforme teria sido alegado na justificativa da decisão.
* Com informações da Agência Senado
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