Geração de emprego para 2.500 famílias com renda média em torno de R$ 1 mil
por mês é o objetivo do projeto de implantação de 500 Unidades Mínimas
Econômicas de Produção de Pescado em Tanques-Redes, entregue pelo Dnocs ao
Ministério da Pesca e Aquicultura.
A ser executado ao longo de cinco anos com
orçamento de R$ 53,94 milhões, o projeto visa transferir tecnologia para
produtores em unidades com 40 tanques-redes com cinco famílias por unidade que
irão produzir 60 toneladas de peixe por ano e no total 30 mil toneladas.
Ao preço de R$ 5 o quilo do peixe, o coordenador de Aquicultura e Pesca do
Dnocs, Pedro Eymard Mesquita, calcula que cada unidade vai gerar R$ 120 mil por
ano.
Do orçamento do projeto, R$ 16,68 milhões serão destinados a investimento
na aquisição de equipamentos e R$ 37,25 milhões para aplicação no custeio,
compra de materiais, alevinos, ração e apetrechos de pesca.
Este foi um dos cinco projetos entregues ao ministro da Aquicultura e Pesca,
Marcelo Crivella, pelo diretor-geral do Dnocs, Emerson Fernandes, orçados em R$
139,94 milhões para serem executados ao longo de cinco anos.
De acordo com Pedro
Eymard Mesquita, coordenador de Aquicultura e Pesca do Dnocs, que estava
presente ao encontro, Crivella recebeu os projetos com demonstração de boa
vontade e por telefone marcou para março audiência com o ministro da Integração
Nacional, Fernando Bezerra, para tratar das demandas do Departamento.
A audiência ficou agendada pelo secretário-executivo do MI, Alexandre Navarro,
após a volta do ministro do período de férias. O Dnocs é vinculado ao Ministério
da Integração Nacional, que incluiu a piscicultura nas prioridades deste ano,
porém com orçamento de R$ 200 mil, insuficientes para pagar o custeio de um mês
nas estações de piscicultura.
A parceria dos dois Ministérios poderá reverter a situação. A implementação dos
cinco projetos visa fortalecer as unidades produtoras e promover a transferência
de técnicas de cultivo para gerar renda, novos empregos e tornar mais produtivos
os açudes públicos e privados no Nordeste.
Outro dos projetos entregue visa o desenvolvimento da aquicultura continental
com a recuperação, construção e funcionamento das unidades de produção de
alevinos e pesquisas do Dnocs, com orçamento de R$ 42,15 milhões.
RECURSOS Do total, R$
13,43 milhões são para investimento na aquisição de equipamentos e obras, e R$
28,71 milhões para custeio - materiais, diárias, passagens aéreas, suprimentos
de fundos e serviços de empresas.
Este projeto tem por objetivo o aumento da produção de alevinos e pós larvas de
camarão para os açudes e represas e suprimento das demandas das Unidades Mínimas
Econômicas, piscicultores e empreendedores no país.
A meta proposta de 160
milhões de alevinos por ano será atingida pelas 14 Unidades de Produção de
Alevinos do Dnocs no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia,
Alagoas e Sergipe, do Centro de Pesquisas em Aquicultura em Pentecoste, do
Centro de Carcinicultura na mesma cidade e de três novas unidades a serem
implantadas, duas em Minas Gerais e uma no Maranhão.
Já o projeto de apoio à operação e manutenção das unidades produtoras de
alevinos e centros de pesquisa, que tem objetivo suplementar e a mesma área de
abrangência do anterior, a ser implantado na base física existente nos estados e
nas três novas unidades projetadas, está orçado em R$ 40,79 milhões.
Para
investimentos destinam-se R$ 7,83 milhões do total - para aquisição de
equipamentos e veículos - e para o custeio R$ 32,96 milhões para despesas mais
urgentes, aquisição de ração, combustíveis, lubrificantes, pneus, apetrechos de
pesca, materiais de laboratórios, escritórios, higienização e limpeza e serviços
de terceiros.
Mais R$ 2,05 milhões são pleiteados para o custeio de pesquisas avançadas em
aquicultura continental para fortalecimento dos trabalhos nas áreas de
limnologia, genética molecular, tecnologia dos pescado e sistemas de cultivo.
As
pesquisas, a serem realizadas no Centro de Pesquisas em Aquicultura Rodolpho von
Ihering, do Dnocs, em Pentecoste, têm por objetivo gerar e adaptar tecnologias
para a aquicultura brasileira.
Ao enfatizar a importância da articulação do Dnocs com o Ministério da
Aquicultura e Pesca, Pedro Eymard Mesquita observa que esta parceria
proporcionou, em 2012, a produção de 36 milhões de alevinos. Cita ainda o
Projeto Pirarucu que, graças a este apoio, veio a posssibilitar a produção de
alevinos e engorda em cativeiro por criadores no Nordeste deste peixe originário
da Amazônia.
* Com informações da Divisão de Comunicação Social do Dnocs

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