Desde o dia 8 de junho o Açude Lima Campos não sangra mais. Até aí, nada demais, afinal o período chuvoso foi-se no final de maio e o processo de evotranspiração junto ao consumo faz baixar o volume do reservatório icoense, assim como outro qualquer.
Contudo, passados dois meses, o espelho d'água localizado no distrito com o mesmo nome encontra-se com apenas 77,44% de sua capacidade total, de 66,382 milhões de m³.
Os últimos dados são do Portal Hidrológico do Ceará, da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), desta terça-feira (09).
PREOCUPAÇÃO E COMPARAÇÃO - Sessenta dias após a fim da sangria do Açude, o que se observa é que a perda de 22,56% ou 14,97 milhões de m³ é significante.
Esta rápida diminuição do volume d'água guardado não se repete em outros reservatórios com perfil semelhante.
Veja a comparação durante o mesmo período nos reservatórios Trussu (Iguatu) e Rosário (Lavras da Mangabeira). Os dados demonstram a consequência da liberação das águas para projetos de irrigação, no caso da cultura do arroz, aliado à utilização de agrotóxicos, poluindo o manacial.
Em comparação com o período semelhante em 2010, do dia 15 de agosto, o espelho d'água encontrava-se com 56,41% de sua capacidade, situação mais crítica que a de hoje. Contudo, é de se observar que a irregularidade dos períodos chuvosos, conhecidos como "inverno", aumentam a responsabilidade no uso deste líquido precioso.
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