E entre as danças, conversas ao pé do ouvido, a juventude tinha em Antoniel, "Antoniel da Radiola" ou "Antoniel do Cabana" como o facilitador dos encontros. Sob o seu comando, os discos da radiola faziam a trilha sonora dos primeiros encontros, nos dias de quarta, sexta e domingo.
Durante 15 anos deixou sua marca no Cabana Clube, e fazia de tudo um pouco. Quem acompanhou àquela época lembra muito bem dele, pois os amantes da noite falavam a palavra mágica: - "Antoniel, toca aquela dos Pholhas e outras mais".
Era o tempo em que as mães acompanhavam as filhas, e estas ficavam sentadas à mesa, enquanto os homens tinham que fazer duas conquistas: primeiro da mãe para autorizar sua filha para dançar e, outra, era o próprio "broto" aceitar.
Os conquistadores se valiam, certas vezes, de uma bebida para ajudar na timidez, para conseguir, quem sabe, a futura esposa. Criavam coragem para chegar na moça, ainda com receio de levar um fora. Se isso acontecesse, todos os amigos zombavam.
O tempo passou mas não para quem viveu esta época e vê nestas linhas traçadas a história de uma figura folclórica, que tinha em suas mãos os embalos do domingo à noite! Hoje ele encontra-se com 73 anos de idades e reside no Alto Inácio Amâncio, com sua família.
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