No domingo, último dia 22 de agosto, o evangelho segundo Lucas (13, 22-30) nos trouxe a figura da porta estreita em contraste com a larga. Logo imaginamos algo bem pequeno e as pessoas se espremendo para passar, já que o Senhor Jesus disse: “esforcem-se por entrar pela porta estreita”.
No entanto, talvez não seja exatamente assim, algo tão pequeno. Como ouvi na homilia de um padre inteligente, quando a porta é larga, muita gente passa ao mesmo tempo, e pode acontecer de entrar alguém que não estava preparado ou convidado. Como checar a entrada das pessoas? A solução que Jesus apresenta é a porta estreita, aquela através da qual entra uma pessoa por vez. Nada de entrar espremido, apenas um de cada vez. Interessante, não é mesmo?
No entanto, talvez não seja exatamente assim, algo tão pequeno. Como ouvi na homilia de um padre inteligente, quando a porta é larga, muita gente passa ao mesmo tempo, e pode acontecer de entrar alguém que não estava preparado ou convidado. Como checar a entrada das pessoas? A solução que Jesus apresenta é a porta estreita, aquela através da qual entra uma pessoa por vez. Nada de entrar espremido, apenas um de cada vez. Interessante, não é mesmo?
Que porta é essa? Jesus nos diz em João 10, 9: “Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo”. Ora, o Senhor é a porta. É através Dele que as pessoas devem entrar. Quais pessoas? Aquelas que seguem os Seus ensinamentos. Jesus resumiu os mandamentos em apenas dois: amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmos (Mt 22, 36-40).
Dessa forma, passa por Jesus (a porta) aqueles que põem em prática o amor fraterno. Amor pelo outro e não somente por nós mesmos. Esse amor compreende o perdão. O perdão é necessário para que o amor seja duradouro e genuíno. A quem muito amamos muito perdoamos. Pe. Fábio de Melo disse certa vez: “diga-me quem você mais perdoou na vida, e então direi quem você mais amou”.
Talvez seja por isso que Jesus tenha denominado a porta como estreita. Fazer o bem parece não ser tão difícil, mas perdoar o mal que nos fazem certamente o é. E o Senhor nos diz que devemos perdoar não apenas sete vezes, mas até setenta vezes sete (Mt 18, 22), ou seja, sempre.
Ciente das dificuldades que poderíamos ter e efetivamente temos, Jesus pede que nos esforcemos, isto é, empreguemos todas as nossas forças para entrar através Dele, “Caminho, Verdade e Vida” (Jo 14, 6a), pois ninguém chega ao Pai, senão por meio de Jesus. Logicamente isso não é simples, nem tampouco fácil, e tanto mais difícil será quanto mais priorizarmos o nosso “eu” em detrimento do “nós”.
Podemos começar a fazer algo agora mesmo por outras pessoas. Basta que oremos por elas. Para que sejam felizes, tenham as suas necessidades supridas, encontrem a luz, e aprendam que a verdadeira paz só pode ser alcançada junto do Pai. Se agora você não sabe por quem orar, dou-lhe uma sugestão: reze pelos mineiros soterrados no Chile.
Para que o Espírito de Deus os conforte e acompanhe em todos os momentos, pois Jesus nos assegurou que a fé tem o poder de mover montes (Mt 17, 20) e, com certeza, pode auxiliar no trabalho de resgate. Esforcemo-nos por entrar pela porta estreita, a que nos conduzirá ao Pai (Jo 14, 6b).
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* Texto escrito e enviado pela escritora Maria Regina Canhos Vicentin - E.mail: contato@mariaregina.com.br/ Site: www.mariaregina.com.br
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