Almas Gêmeas – Barbalha 100 anos – Teles Marrocos *

Qual do dispositivo mágico, que acionou, quando do pretenso noivado entre a rica barbalhense, Ana Grangeiro Chaves, filha de Antonio Sampaio, proprietário do maior empório comercial do Cariri – Casa Sampaio, com o primo pobre e caixeiro da Casa Sampaio – Salustiano Grangeiro de Luna, ao tiro certeiro de Joaquim Teles Marrocos, ao abade Geral do Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro, em 1901, Dom Gerardo Van Caloen, à solicitação do Caipira do Cariri, Salustiano Grangeiro de Luna ao ingresso na multissecular ordem Beneditina.

Em janeiro de 1902, a sociedade Barbalhense, assiste a partida do Jovem Salustiano Grangeiro de Luna para, do vínculo nupcial quebrado, ao manto protetor da Ordem de São Bento,uma nova história, deixando para trás uma jovem linda, noiva, graciosa e apaixonada, em lágrimas ardentes, aos olhos lacrimejantes , de toda uma comunidade, que, em espanto, não conseguia entender o por quê da ruptura do sentimento nobre que une os seres humanos

Pobre Ana! Pobre Salustiano, o amor dissolvido na fumaça de um mistério, a sondar nos mais longínquos espaços das grandezas emocionais e sentimentais, Uma ruptura, ou uma união eterna?

Na Revolta dos fuzileiros Navais, chamada revolta da Chibata, em dezembro,1910. Salustiano perde dois dedos da mão direita, o indicador e o médio, na defesa da abadia de Nossa Senhora de Monte Serrati, porém, já com ordenação sacerdotal no dia 04 de Janeiro,1910, na mesma Abadia, pela imposição das mãos de Dom Gerardo Van Caloen abade Geral do Mosteiro de São Bento Rio de Janeiro.

67 anos de vida monástica, graças ao semeador, José Joaquim Teles Marrocos, nasce finalmente, o primeiro prior do Mosteiro de São Bento da região do Cariri Cearense – D. Joaquim Grangeiro de Luna, a assumir a Abadia de nossa Senhora de Monte Serrati no Rio de Janeiro,deixando para trás o seu nome de Batismo Salustiano Grangeiro de Luna. Ainda hoje no mosteiro a Lápide Dom. Joaquim Grangeiro de Luna falecido aos 22 de novembro, 1969.

O Grito mágico de José Joaquim Teles Marrocos, a ecoar nos ouvidos de Ana Grangeiro Chaves,/ Prima Bandu/ pois, também, encontra acolhida na congregação das missionárias beneditinas, na qual viveu longa existência em Olinda vindo a falecer em 1968. Por ai se vê, que ambos Salustiano e Bandú / Dom Joaquim e Madre Benta/, se realizaram plenamente na vocação que o senhor lhes indicou, através do abalizado mestre, José Joaquim Teles Marrocos.

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* Texto escrito e enviado por Luiz Domingos de Luna - Professor, Aurora - Ceará

** Pesquisa: Um menino Caipira que se Fez Monge {Dom Joaquim Grangeiro de Luna} Notas sobre o tio monge Escritas por Padre Luna. Missão Velha -1979
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Publicado por Jornalismo

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