Em 2002 disputava a indicação do PSDB para a disputa das eleições presidenciais daquele ano, o então Governador do Estado do Ceará, Tasso Jereissati e o ex-ministro José Serra. Roseana Sarney, aliada de FHC, liderava as pesquisas e despontava como favorita para ganhar as eleições.
Os analistas políticos da época diziam que independentemente do candidato que disputasse contra Lula, venceria. A validade desta tese era corroborada pelas inúmeras eleições que o candidato do PT havia perdido.
Começava disparado na frente, quando porém as urnas eram abertas os números indicavam sua derrota. Uma batalha campal foi deflagrada entre os aliados de Fernando Henrique. Serra queria ser candidato único da situação. Roseana dava sinais de que não abriria mão de sua candidatura.
Tasso contava com o apoio de Ciro e da mulher de Cova. No fim, Serra prevaleceu. Não foi uma indicação consensual, do tipo que os protagonistas daquele enredo estivessem plenamente de acordo.
Meses antes, Serra montara no ministério da saúde uma central de inteligência que estava a cargo do ex-diretor de inteligência da polícia federal Marcelo Itagiba que tinha como parceiro o ex-delegado de polícia Onésimo de Sousa.
O Objetivo daquele núcleo de inteligência criado por Serra no ministério, era evitar fraudes contra o SUS. Soube-se depois que escutas clandestinas estavam sendo feitas para chantagear adversários de Serra tanto dentro, quanto fora do partido. Tasso abriu mão da indicação.
Roseana resistiu, ao custo de ter um dos escritórios do marido invadido pela polícia federal onde foi encontrado mais de um milhão de reais que supostamente serviriam para formar o caixa dois da campanha, pondo fim as suas pretensões de disputar as eleições daquele ano. Como a polícia federal obteve a informação até hoje ninguém sabe.
Matéria do Correio Brasiliense fortalece a suspeita de que a soldo de Serra arapongas teriam grampeado ilegalmente a Lunus, empresa de Jorge Murad. Na ocasião, o presidente José Sarney fez o mais contundente discurso de sua carreira.
Em 2006, sob artilharia pesada da mídia contra o escândalo do mensalão, militantes do PT ligados a campanha de Mercadante que disputava o governo de São Paulo contra Serra, foram seduzidos pelos irmãos Vedoins a comprarem um dossiê que desvendava uma rede de corrupção no ministério da saúde que envolvia Serra na máfia das ambulâncias.
No dia e hora que foram comprar o dossiê, aparece um batalhão de repórteres em companhia da policia federal que prende emissários da campanha de Mercadante com uma mala de dinheiro. De onde veio o dinheiro e como a polícia federal obteve a informação, até hoje também é um mistério.
Nos dias que correm, quando a velha mídia tratava a candidata Dilma como poste de Lula e dizia que o teto máximo que ela atingiria na preferência do eleitorado não ultrapassaria a casa dos vinte pontos percentuais, eis que Dilma lidera a corrida presidencial como favorita a ganhar talvez até no primeiro turno e, do nada, surge novamente a manjada estória de um dossiê envolvendo os mesmos personagens: velha mídia, Serra, Itagiba e Onésimo.
O precedente acima está a esclarecer quem de fato é contumaz em fazer campanha abaixo da linha de cintura. O recorrente em toda esta farsa é que o escândalo se concentra na confecção do dossiê e não no conteúdo. O importante para mídia partidária não é o que contém o suposto dossiê, mas quem mandou fazê-lo.
Só que desta vez o tiro saiu pela culatra. Tentaram infiltrar o tal de Onésimo na campanha de Dilma, como quinta coluna, mas esbarraram no fato de que um dos presentes no episódio é nada mais nada menos do que o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, ganhador de três prêmios Esso de jornalismo e quatro Wladimir Herzog, um dos mais conceituados jornalista investigativo da imprensa brasileira, que disse que quer falar.
Como o objetivo da mídia não é apurar a verdade dos fatos e sabe que não poderão enredar Amaury em alguma trama rocambolesca foge dele como diabo da cruz. Este é o jornalismo que estão ensinando as futuras gerações. A objetividade, mandou lembranças.
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* Texto escrito e enviado por Kid Jansen de Alencar Moreira
Os analistas políticos da época diziam que independentemente do candidato que disputasse contra Lula, venceria. A validade desta tese era corroborada pelas inúmeras eleições que o candidato do PT havia perdido.
Começava disparado na frente, quando porém as urnas eram abertas os números indicavam sua derrota. Uma batalha campal foi deflagrada entre os aliados de Fernando Henrique. Serra queria ser candidato único da situação. Roseana dava sinais de que não abriria mão de sua candidatura.
Tasso contava com o apoio de Ciro e da mulher de Cova. No fim, Serra prevaleceu. Não foi uma indicação consensual, do tipo que os protagonistas daquele enredo estivessem plenamente de acordo.
Meses antes, Serra montara no ministério da saúde uma central de inteligência que estava a cargo do ex-diretor de inteligência da polícia federal Marcelo Itagiba que tinha como parceiro o ex-delegado de polícia Onésimo de Sousa.
O Objetivo daquele núcleo de inteligência criado por Serra no ministério, era evitar fraudes contra o SUS. Soube-se depois que escutas clandestinas estavam sendo feitas para chantagear adversários de Serra tanto dentro, quanto fora do partido. Tasso abriu mão da indicação.
Roseana resistiu, ao custo de ter um dos escritórios do marido invadido pela polícia federal onde foi encontrado mais de um milhão de reais que supostamente serviriam para formar o caixa dois da campanha, pondo fim as suas pretensões de disputar as eleições daquele ano. Como a polícia federal obteve a informação até hoje ninguém sabe.
Matéria do Correio Brasiliense fortalece a suspeita de que a soldo de Serra arapongas teriam grampeado ilegalmente a Lunus, empresa de Jorge Murad. Na ocasião, o presidente José Sarney fez o mais contundente discurso de sua carreira.
Em 2006, sob artilharia pesada da mídia contra o escândalo do mensalão, militantes do PT ligados a campanha de Mercadante que disputava o governo de São Paulo contra Serra, foram seduzidos pelos irmãos Vedoins a comprarem um dossiê que desvendava uma rede de corrupção no ministério da saúde que envolvia Serra na máfia das ambulâncias.
No dia e hora que foram comprar o dossiê, aparece um batalhão de repórteres em companhia da policia federal que prende emissários da campanha de Mercadante com uma mala de dinheiro. De onde veio o dinheiro e como a polícia federal obteve a informação, até hoje também é um mistério.
Nos dias que correm, quando a velha mídia tratava a candidata Dilma como poste de Lula e dizia que o teto máximo que ela atingiria na preferência do eleitorado não ultrapassaria a casa dos vinte pontos percentuais, eis que Dilma lidera a corrida presidencial como favorita a ganhar talvez até no primeiro turno e, do nada, surge novamente a manjada estória de um dossiê envolvendo os mesmos personagens: velha mídia, Serra, Itagiba e Onésimo.
O precedente acima está a esclarecer quem de fato é contumaz em fazer campanha abaixo da linha de cintura. O recorrente em toda esta farsa é que o escândalo se concentra na confecção do dossiê e não no conteúdo. O importante para mídia partidária não é o que contém o suposto dossiê, mas quem mandou fazê-lo.
Só que desta vez o tiro saiu pela culatra. Tentaram infiltrar o tal de Onésimo na campanha de Dilma, como quinta coluna, mas esbarraram no fato de que um dos presentes no episódio é nada mais nada menos do que o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, ganhador de três prêmios Esso de jornalismo e quatro Wladimir Herzog, um dos mais conceituados jornalista investigativo da imprensa brasileira, que disse que quer falar.
Como o objetivo da mídia não é apurar a verdade dos fatos e sabe que não poderão enredar Amaury em alguma trama rocambolesca foge dele como diabo da cruz. Este é o jornalismo que estão ensinando as futuras gerações. A objetividade, mandou lembranças.
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* Texto escrito e enviado por Kid Jansen de Alencar Moreira
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