
Um exemplo disso trazemos aqui para explicitar a superficialidade a qual passa (e não é de hoje) da mídia brasileira.
As informações "jogadas", a falta de um debate verdadeiro e os programas de espetáculos "bom aos olhos" e ruim para a inteligência torna este instrumento de cidadania muito aquém do que realmente deveria ser.
E com estas ideias iniciais, o exemplo prometido trata-se do documentário "Abraço Corporativo", que estreou no Brasil nesta sexta (18), no Cine Belas Artes, em São Paulo. O trabalho recebeu o prêmio de Novos Diretores em 2009, na 33ª Mostra Internacional de Cinema.
O filme é dirigido pelo jornalista Ricardo Kauffman e critica a fragilidade da imprensa e de como a mídia destaca pautas irrelevantes e o risco que se corre de se manipular a informação. Segundo Kauffman em entrevista para o portal G1, certos discursos clichês são vendidos pela mídia como notícia e podem ganhar dimesões gigantes uma vez que são divulgadas pela imprensa.
O DOCUMENTÁRIO - "Abraço Corporativo" conta a trajetória de Ary Itnem, porta-voz da Confraria Britânica do Abarco Corporativo (Cbac), que sai pela Avenida Paulista, em São Paulo, segurando um cartaz com os dizeres "Dá um abraço?", e o endereço eletrônico da suposta organização.
Esta peregrinação de Itnem é filmada e postada no YouTube, com mais de 600 mil visualizações. A partir disso, a história é vendida a sites, jornais e revistas, e a mídia nacional começa a entrevistar o suposto consultor. Três anos depois, descobre-se que a Cbac é uma mentira .
Ainda conforme o diretor do documentário, em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo, era importante que o protagonista do filme tivesse uma proposta inofensiva. A abordagem foi do abraço, que não faz mal a ninguém.
Kauffman indaga, ainda, se o caso fosse outra ideia vendida e ainda encampada pela mídia, qual o estrago que poderia acontecer.
Na verdade, o que acontece é que tratar de informação é muito mais do que apenas passar "goela abaixo" a notícia. Antes de tudo, é necessário verificar a veracidade e ter a responsabilidade de ser um mediador da informação. E mais que isso, fazer deste posto a certeza diária de um trabalho que busque o debate e a horizontalidade do diálogo.
* Com informações do Portal Imprensa
::: Confira abaixo o vídeo do resumo do documentário -->
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