Vinte agentes da Polícia Federal cumpriram, ontem, pela manhã, dois mandados de busca e apreensão de documentos e computadores na sede da Prefeitura Municipal de Iguatu e na casa do engenheiro e ex-secretário de Infra-Estrutura do município, Gleuberto Mendonça, no bairro Esplanada, que foi preso em flagrante por porte de uma pistola 45, arma de uso restrito das Forças Armadas.
A ação policial faz parte da Operação Fumaça, desencadeada em oito municípios cearenses e na sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Fortaleza, e em escritórios de empresas e construtoras.
A operação Fumaça tem por objetivo investigar irregularidades em processos de licitação e possíveis irregularidades na aplicação de verba da Funasa, liberada para os municípios por meio de convênios.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz federal da 16ª Vara, em Juazeiro do Norte. A operação começou às 6 horas da manhã, quando os agentes divididos em duas equipes entraram na casa do engenheiro Mendonça e em salas de licitação e da secretaria de Infra-Estrutura, na Prefeitura de Iguatu. Nos dois locais, recolheram dezenas de documentos e pastas referentes a processos licitatórios.
A operação foi comandada pelo delegado federal, Claudio Farias, da delegacia da cidade de Patos, na Paraíba. “Não podemos informar os anos em que os documentos foram recolhidos e nem o conteúdo deles”, disse Farias. No início da tarde de ontem, os documentos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal em Juazeiro do Norte.
O engenheiro Gleuberto Mendonça foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de uso restrito das Forças Armadas. Na casa dele, os federais encontraram uma pistola 45 e um revólver 38.O advogado Ugerles Maia disse que iria ingressar na 2ª Vara da Justiça local com habeas corpus. “Ele tem bons antecedentes, residência fixa e é réu primário”, justificou. “Vamos solicitar que ele fique preso na unidade local do Corpo de Bombeiros por ter curso superior”.
O chefe de Gabinete da Prefeitura de Iguatu, Theognis Florentino disse que não tinha informações sobre a operação da PF e, por isso, não poderia falar sobre a ação policial. O prefeito de Iguatu, Agenor Neto, está viajando a Brasília. Os investigados poderão responder pelos crimes de formação de quadrilha, falsificação de documento público, peculato e fraude a licitações.
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* Texto enviado por Getúlio Oliveira (editor-chefe do Jornal Folha do Salgado - antigo Notícias do Vale)
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