Uma informação que mexe com o vizinho município de Orós e com a região. Esta situação pode acontecer com força caso aconteça a cassação da prefeita de Orós, Fátima Bezerra, junto com o vice-prefeito, Dr. Lula.
Veja a matéria abaixo, do caderno Regional, do Jornal Diário do Nordeste sobre o caso deste município vizinho de Icó:
"Regional - CENTRO-SUL - Expectativa sobre cassação de prefeita
Está nas mãos do juiz de Direito, Fernando Antônio Medina de Lucena, desta cidade, um processo de investigação judicial eleitoral de iniciativa do Ministério Público Eleitoral por compra de voto contra a prefeita reeleita, Fátima Bezerra, e o vice-prefeito, Dr. Lula. A oposição aguarda o julgamento que deve ocorrer na próxima semana. Mais oito ações estão em andamento no Fórum local contra os atuais gestores com base em denúncia de captação irregular de eleitores.
A ação que está prestes a ser julgada foi ajuizada durante a campanha eleitoral pelo promotor de Justiça, Luciano Tonet, e tem por base denúncia de distribuição de combustível para uma carreata da coligação da prefeita Fátima Bezerra. Nas alegações finais, a promotoria pede a condenação dos réus. “Estamos convencidos de que houve irregularidade e, por isso, pedimos a cassação do mandato da prefeita e do vice-prefeito”, frisou Tonet.
Decisão recorrível - A decisão a ser proferida pelo juiz Lucena é recorrível. Ainda de acordo com a Promotoria, outras ações estão em andamento e a maioria refere-se à denúncia de compra de voto. “Algumas estão em fase de audiência”, explicou Tonet. “A campanha foi muito acirrada e o clima permanece tenso”. Em dias de audiência na Justiça Eleitoral, centenas de pessoas comparecem à sede do Fórum de Justiça.
Segundo o suplente de vereador e presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), professor Ricardo Araújo, o processo referente à distribuição de combustível deveria ter sido julgado até segunda-feira passada. “Esperamos que a Justiça seja mais célere”, disse. “Na cidade, o clima é de ansiedade e expectativa”, afirma ele.
Ainda de acordo com o professor Ricardo, há no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) um recurso contra a expedição do diploma dos atuais gestores de Orós, que aguarda julgamento. O oposicionista disse que o Ministério Público está encaminhando mais quatro ações de investigação judicial eleitoral baseadas em denúncia de compra de voto por distribuição de material de construção, emplacamento de moto, pagamento de contas de água e de luz.
Contratação irregular - A coligação oposicionista também ingressou com ação judicial para denunciar contratação irregular de um servidor, promovida em pleno período eleitoral e demissão posterior.
Até mesmo a Câmara Municipal de Orós, cuja presidenta reeleita, Luhanna Uria, é filha da prefeita Fátima Bezerra, é alvo de investigação sob suspeita de alteração de ata de sessão em que o Legislativo autoriza contratação de remanescentes do concurso público. “Essa votação não ocorreu e a ata foi rasurada”, denuncia o professor Ricardo Araújo.
A reportagem do Diário do Nordeste tentou ouvir a prefeita Fátima Bezerra e a presidente da Câmara, a vereadora Luhanna Uria, mas os telefones celulares estavam desligados ou fora de área de cobertura e quando a chamada foi completada, a ligação não foi atendida. Foi também deixado recado com uma funcionária da Prefeita, mas não houve retorno.
HONÓRIO BARBOSA
Repórter "
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