Chuvas inundam a cidade de Icó durante a semana (Jornal Notícias do Vale)

Centro comercial e instituições ficam prejudicados pela deficiência no sistema de escoamento
"É um terror esta nossa situação. Cada vez que chove ficamos em baixo de água. Podemos dizer que é falta de responsabilidade de quem governou e governa a cidade", desabafa o empresário Delci Barreto, que a cada chuva tem sua casa e seu estabelecimento comercial invadidos pelas águas.

Esta é uma realidade vivenciada em Icó principalmente pelo centro comercial, embora que em ruas da periferia a situação não seja muito diferente.

No centro a situação tem se agravado pela deficiência da galeria construída no canteiro central da Av. Josefa Campos Monteiro, que deveria recolher a água da chuva através das bocas de lobo que estão localizadas nos cruzamentos das ruas 7 de Setembro, José Ribeiro Monte, Benjamin Constant e Regente Feijó.

Pelo diagnóstico necessitaria de abertura e desobstrução da galeria e também dos canais que fazem ligação com as ruas do centro, somente assim haveria velocidade no escoamento. A própria Avenida Josefa Monteiro, do Cabana Clube até o Balão Pe. Cícero, forma-se um lago que impede a passagem até mesmo de veículos de pequeno porte.

Neste meio estão casas residenciais, comerciais, Delegacia de Polícia Civil e o Hospital Nossa Senhora de Lourdes. Todos passam pela invasão da água que se acumula na rua. Por outro lado, muitos alegam que uma galeria construída na rua Pe. Vieira, que passa ao lado da Faculdade Vale do Salgado tem sido um dos gargalos.

A galeria tem vazão para atender ao escoamento da Rua Nogueira Acioli, mas está recebendo água desde a Rua General Piragibe e isto tem prejudicado o atendimento de tanta água. Outra questão é a sujeira da cidade.

Como não há o cuidado da população, a rua está sempre suja com papeis, plásticos e embalagens que ficam presas na grade de ferro que protege a entrada da galeria. Com isto a passagem fica interrompida e a água recua pela rua indo inundar completamente residências e o posto de gasolina dos Barretos.

Os comerciantes também reclamam da imprudência e incompreensão dos motoristas que passam na rua em velocidade e fazendo a água entrar mais ainda em residências e comércios. O transtorno é geral e não se sabe de qualquer mobilização por parte da prefeitura para resolver o problema.

Ao que tudo indica todos ficam esperando o inverno passar. Como depois das chuvas ninguém mais reclama as providências também silenciam e tudo fica para a próxima temporada. Já no Largo do Thebérge, coração do centro histórico da cidade, a situação é outra.

Por ocasião da restauração do Patrimônio Cultural, foi construída galeria pluvial contornando a praça, por mais forte que seja a chuva de repente a água escorre e ninguém fica prejudicado.

Prainha do Salgado - O caso é grave e pede providências urgentes. A Rua da Prainha, que fica às margens do Rio Salgado, nas proximidades de José Barreto, mas em área alta, não tinha problema com água de chuva.

Nos últimos dois anos a situação se agravou em função da construção de algumas casas barrando os becos que serviam de escoamento para a chuva. Com isto a água fica acumulada, e sem saída, entra pelas casas com prejuízos para os moradores.

A rua também ainda não tem pavimentação e a lama toma conta de tudo. Zezinha, Baía, Luiza, Francisca entre outros tiveram suas casas invadidas por água da chuva e estão pedindo providências imediatas por parte da prefeitura. Até mesmo D. Creuza, de 85 asnos de idade e doente, teve que se acomodar em cima de uma mesa para esperar a água baixar.

Cidade Nova - A situação de um dos mais populosos bairros da cidade também não é diferente. Quase todo em terra e sem esgoto e drenagem, o bairro fica literalmente dentro da lama. A água vai se acumulando e formando poços que impedem a passagem de pessoas e veículos.

Uma senhora doente teve que ser removida nos braços para ser levada ao hospital. "É um verdadeiro clamor", diz D. Luiza Alves, moradora do bairro. Com todos estes problemas a cidade necessita urgentemente de um plano de trabalho para pavimentar ruas e construir esgotos e drenagem. A população está aterrorizada espera que haja providências por parte do poder municipal.
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* Texto escrito por Getúlio Oliveira (editor-chefe do Jornal Notícias do Vale)
Matéria do Jornal Notícias do Vale
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Publicado por Jornalismo

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