Pedir segurança e cobrar das autoridades mais atenção com o município. Este foi o tema principal do protesto realizado pela CDL de Icó que mobilizou os comerciantes em geral para cerrarem as portas de 12 às 13 horas desta quinta, 19, visando chamar a atenção dos dirigentes do município e também dos órgãos de segurança pública. Por várias vezes tem a CDL alertado sobre o problema. Várias reuniões, inclusive com a promotoria pública e representantes da prefeitura e das polícias civil e militar, cobraram segurança e anunciaram que algo pior ainda poderia acontecer. De fato confirmou-se a previsão e depois de vários assaltos a mão armada em comércios, residências e pessoas em geral, chegou a vez do Banco do Brasil.
Em ação ousada os bandidos invadiram a agência e sem tiro, sem ferimento e sem agressividade maior, levaram todo o dinheiro que havia nos caixas e no cofre. Saíram sem perseguição, sem aborrecimento e sem deixar pistas. Sem respostas para os apelos que tem feito, a CDL, através do seu presidente Gecione martins, resolveu realizar o protesto que reuniu comerciantes, populares e representante do poder municipal. Foram vários os discursos.

O presidente Martins disse que lamentava por naquele instante o comércio estivesse totalmente fechado sem realizar negócios e sem gerar impostos para o governo, mas não havia outra alternativa. "O governador precisa agir imediatamente para trazer segurança para Icó. Somos empregadores e pagadores de impostos. Temos direito e exigimos", disse o presidente.
Na ordem discursaram: Dr. Paulo, Dr. Cleiton, Paulo Cândido, D. Gorete, Damon Magalhães, Dedé Nogueira, Vileimar Figueiredo, Mateus Bizarria, Maria Bonfim, França do Picolé, professor Fernando, Edilson e os vereadores Iatagã Matias, Ítalo da Paz e Júnior Dantas.Professor Fernando, se apresentando como ouvidor geral do município e representante do prefeito, anunciou algumas atividades que estão sendo realizadas pelo município para contribuir com a segurança. Entre os vereadores Iatagã Matias foi rápido e eficiente. "Estou pronto para servir à comunidade. Podem contar comigo em quaisquer circunstâncias".
Maria Bonfim, vice-presidente da CDL foi enfática. "Não estamos aqui pedindo coisa alguma, estamos exigindo segurança. Também não nos cabe saber de quem é a culpa pelos acontecimentos desastrosos que estamos assistindo, o que nos interessa é que o governo do estado cumpra sua obrigação constitucional e nos proporcione segurança. Somos geradores de empregos, recolhemos impostos e queremos ter paz para trabalhar".
Paulo Cândido alertou para o caso das menores que andam perambulando pela cidade, usando drogas e invadindo comércios sem que ninguém tome providências. Já Vileimar Figueiredo pediu a mobilização dos comerciantes para evitarem que os vigilantes do Banco do Brasil sejam demitidos como se fossem culpados por não terem inibido o assalto à agência. "No final das contas somente quem paga são os mais fracos. Os vigilantes são trabalhadores responsáveis e honestos e não podiam fazer nada contra bandidos bem armados e preparados para qualquer coisa. Por que eles terão que pagar por isto?", perguntou.
"O protesto foi organizado e bem compreendido pela classe empresarial. Resta saber se as autoridades tomarão as providências ou vão esperar que outros acontecimentos terminem em tragédia ainda pior, que produza vítima fatal", encerrou o presidente da CDL.
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Texto escrito por Getúlio Oliveira
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