Jornal O Povo noticia a saída de Jaime Júnior e a posse de Francisco Evandro na prefeitura municipal de Icó

O caso da saída de Jaime Júnior (PSDC) da prefeitura municpal de Icó, e a entrada do presidente da Câmara Municipal de Icó, Francisco Evandro de Araújo (PDT), como novo prefeito da cidade, foi destaque na seção política do Jornal O Povo, deste sábado, 30. Confira, na íntegra a notícia:


Mais uma troca de prefeito em Icó


Com o prefeito já fora do cargo, agora foi o vice-prefeito, que estava à frente do Executivo, que perdeu o cargo em Icó, sendo substituído pelo presidente da Câmara Municipal


Outra pendenga judicial em Icó. José Jaime Rodrigues Bezerra Júnior (PSDC) - vice-prefeito que assumiu a administração após afastamento de Francisco Antônio Cardoso Mota (PSDB) pela Justiça - foi afastado por decisão do juiz Carlos Ademá Rocha. Jaime acusa o magistrado de ter tomado a decisão por ser ligado aos seus opositores políticos e avisou que entrará com liminar para permanecer no cargo. Também levantará suspeição de Ademá Rocha no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na corregedoria do Tribunal de Justiça (TJ).

Jaime assumiu a Prefeitura pela terceira vez no último dia 22, quando o TJ determinou o afastamento do prefeito, acusado de falsificação de documentos, fraude em licitações, desvio e apropriação de recursos públicos e enriquecimento ilícito. Em 2007, decisão judicial em primeira instância determinou o afastamento de Cardoso, que conseguiu manter-se no cargo por força de liminar.

Quem pediu o afastamento de Jaime foi a Câmara Municipal de Icó, representada pelo presidente Francisco Evandro de Araújo - que ontem já respondia como prefeito. De acordo com a ação, Jaime "contratou cerca de 600 pessoas sem realizar concurso público; em outro momento quando esteve na chefia do Poder Executivo adquiriu, sem licitação, 4.104 pacotes de coloral, 1.368 Kg de sal e 1.368 latas de óleo, sendo superfaturado em R$ 66.800,00". O juiz determinou ainda a nomeação de Evandro como prefeito de Icó.

"Não contratei, já recebi a Prefeitura com esses servidores. Apenas dei segmento à administração", defendeu-se Jaime. Ele contou que o Ministério Público pediu que ele demitisse os funcionários temporários, mas argumentou que, se assim o fizesse, a máquina administrativa pararia.

E quanto ao superfaturamento? "Isso não existe, é tudo mentira. Está acontecendo um esquema político", denuncia. Segundo ele, o juiz já advogou a favor de aliados políticos do deputado estadual Neto Nunes (PMDB) - irmão do candidato a prefeito de Icó, Marcos Nunes (PMDB). Ademá da Rocha consta como representante jurídico em vários processos ao lado do atual advogado do peemedebista, Vicente Bandeira de Aquino Neto.

"Ele é suspeito em virtude de ter sido sócio e ter advogado com o Vicente Aquino, que é hoje é advogado de todos os meus adversários", comentou Jaime. "O juiz deu decisão a pedido da Câmara Municipal e isso não existe, a Câmara não tem competência para pedir isso", argumentou o prefeito interino afastado.


O POVO pediu o telefone do advogado Vicente Aquino, mas o deputado Neto Nunes não retornou o contato realizado até o fechamento desta matéria. Foi deixada uma mensagem na caixa postal do irmão dele, Marcos Nunes, que também não retornou. Ninguém atendeu na casa do prefeito afastado, Cardoso Mota. Não houve retorno ao recado deixado na Secretaria de Finanças, onde estaria o atual prefeito Francisco Evandro de Araújo."
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Juiz rebate acusação


O juiz Carlos Ademá da Rocha, titular de Iguatu que respondia interinamente em Icó, defende-se. "Isso não se sustenta não. A suspeição só se refere à parte, não a advogado. O fato de eu ter trabalhado nesse escritório não me torna suspeito pelo fato de decidir a favor ou contra", argumentou o magistrado.

Ele refuta ainda a alegação de que a Câmara Municipal não teria competência para pedir o afastamento do prefeito em exercício. "Vendo que ele estava ferindo a moralidade pública, a Câmara tinha o interesse de preservar o erário publico e interveio. A Câmara tem personalidade jurídica para ingressar como interessada pela fiscalização do erário público", justificou Ademá Rocha.

O deputado estadual Neto Nunes (PMDB) disse que não conhece o juiz. "Nunca nem vi. Ouvi falar que ele é um juiz substituto da região", resumiu o peemedebista. Sobre a crítica de que a decisão judicial era influência política, respondeu: "Engraçado que o afastamento do Cardoso (prefeito afastado) não é influência política".


Fonte: Jornal O Povo
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Publicado por Jornalismo

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1 comentários :

Alanna Moreira disse...

Parabéns pela divugação da matéria, mostra a verdadeira verdade dos fatos acontecidos!!!