
O desempenho positivo se deu apesar do impacto de dois anos de seca no estado que causou uma queda de 20,11% no PIB agropecuário, na comparação com o ano anterior.
Os 14 perímetros irrigados do Dnocs no Ceará obtiveram neste período, um faturamento de R$ 181 milhões, dos quais R$ 17,4 milhões são de produtos de origem animal e R$ 163,5 milhões de produtos vegetais, principalmente frutas. No ano anterior, o resultado dos 14 projetos de irrigação do Dnocs no estado ficou em R$ 149,7 milhões.
Os números fazem parte do documento do serviço de monitoramento dos Perímetros Irrigados do Dnocs, da Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico e Produção. Segundo os dados, os perímetros irrigados no Ceará tiveram um crescimento na receita de quase o dobro dos 10,8% de aumento no faturamento de todos os 37 projetos de irrigação no Nordeste em 2012, que comercializaram R$ 284,3 milhões, numa comparação com o ano anterior.
Mesmo com a seca, houve crescimento na área cultivada no conjunto dos perímetros irrigados do Dnocs no Nordeste, de 38.113 para 40.136 hectares cultivados, aponta o diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Produção, Laucimar Loiola. O projeto de irrigação Tabuleiros de Russas lidera a produção em todo o Nordeste em 2012, com faturamento de R$ 59,958 milhões, 11,1% a mais do que os R$ 53,937 milhões obtidos em 2011.
O segundo melhor resultado no ano passado foi obtido pelo perímetro irrigado Jaguaribe-Apodi, que faturou R$ 44,238 milhões - 25,2% acima dos R$ 35,332 milhões comercializados em 2011. O terceiro lugar em receita ficou com o perímetro irrigado Baixo Acaraú, que em 2012 faturou R$ 28,499 milhões, 62,2% acima dos R$ 17,567 milhões vendidos em 2011, o que assegura ao projeto de irrigação situado em Marco, Bela Cruz e Acaraú o maior índice de crescimento no desempenho.
O diretor geral do Dnocs, Emerson Fernandes Daniel Júnior, destaca a correlação entre os perímetros de irrigação e a melhoria na qualidade de vida dos municípios onde estão implantados. Um exemplo é o crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano nestes municípios na pesquisa de 1991 em comparação com a de 2010, quando o IDH de Marco aumentou 100%, o de Bela Cruz subiu 139,6% e o de Acaraú 116,9%.
No mesmo período de 1991 a 2010, segundo Emerson Daniel, o IDH de Limoeiro do Norte cresceu 57% e hoje é o 8º melhor no ranking do Ceará, com a influência dos perímetros irrigados Jaguaribe-Apodi e Tabuleiros de Russas. Também melhorou o IDH de Russas em 55%, entre os anos 1991 a 2010, o 12º do estado. Nos 19 anos entre a pesquisa de 1991 e a de 2010 houve um salto de 82% no IDH de Morada Nova, por influência do projeto de irrigação de mesmo nome.
Os dados de 2012 mostram crescimento dos negócios com a produção dos oito perímetros irrigados do Piauí, que somaram R$ 20,732 milhões [R$ 18,383 milhões em 2011]. No Rio Grande do Norte, os cinco perímetros irrigados faturaram 18,766 milhões em 2012, acima dos R$ 15,969 milhões comercializados em 2011.
Mas a deficiência hídrica do segundo ano de seca continuada pesou para sensível redução na receita somada pelos três projetos de irrigação da Bahia, de R$ 45,585 milhões em 2011 para R$ 41,762 milhões em 2012. Houve redução no total da receita dos quatro perímetros irrigados de Pernambuco, de R$ 11,186 milhões em 2011 para R$ R$ 10,597 milhões em 2012. Também foi verificada queda na soma da receita dos três projetos de irrigação da Paraíba, de R$ 15,969 milhões em 2011 para R$ 11,432 em 2012.
* Com informações da Divisão de Comunicação Social do Dnocs
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