
As mortes triplicaram no continente entre 1998 e 2010. Ausência de políticas de mobilidade, aumento da quantidade de veículos por habitante e acessibilidade das motocicletas estão entre as causas para o aumento.
Os números apontam que as mortes relacionadas com a moto no país aumentaram 227% em 12 anos: de 3.209 em 1998 para 10.505 em 2010. Os homens são os maiores usuários de motocicletas na América Latina. Os da faixa etária de 25 a 34 anos foram as principais vítimas. De acordo com a pesquisa, os homens têm um risco relativo de morte 7,8 vezes maior do que as mulheres.
Os países com as maiores taxas de mortalidade foram Colômbia - 3,6 por 100 mil; Brasil - 2,9 por 100 mil; Paraguai - 2,5 por 100 mil e Suriname - 2,2 por 100 mil. Por sua parte, Chile e Equador - 0,2 por 100 mil - tiveram as menores taxas. No entanto, os maiores aumentos no Cone Sul estavam no Chile e no Paraguai.
Os países que fizeram parte do estudo são Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Estados Unidos, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Porto Rico, Suriname, Trinidad e Tobago e Venezuela.
MOTOBOYS Sobre o Brasil, o estudo citou os “motoboys”, que realizam serviços de entrega e trabalham sob pressão de tempo e em condições ruins e inseguras, resultando no aumento de acidentes com motocicletas.
A pesquisa também abordou o aumento do número de mototáxis no país, atividade regulamentada há quase uma década em nível nacional. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os serviços de mototáxi são oferecidos em 90% das cidades brasileiras e em 50% das grandes cidades do país.
Segundo o documento, como forma de retardar ou reverter essa tendência fatal, são necessárias diversas medidas, tais como o desenvolvimento e implementação de normas padrão de segurança da motocicleta, leis abrangentes sobre o uso do capacete por todos os passageiros, corredores exclusivos para motocicletas, controles do limites de velocidade, da qualidade e da segurança desses veículos e políticas que estimulem o uso de transportes públicos.
* Com informações da Agência CNM
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