
Eles participarão da I Conferência Científica da Iniciativa Latinoamericana e Caribenha de Ciência e Tecnologia para a Implementação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação [ILACCT].
O evento tem objetivo de avançar no conhecimento científico e tecnológico sobre as terras secas e os processos de desertificação, degradação da terra e efeitos da seca na região da América Latina e do Caribe.
A Conferência Científica é uma realização da Prefeitura de Sobral e do Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior [Secitece], com organização do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos [CGEE] e Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos [Funceme].
Criada em 2008, a ILACCT é uma organização estratégica que trabalha no sentido de reconhecer, juntos aos governos e às sociedades dos países latinoamericanos e caribenhos, a UNCCD como autoridade mundial em matéria de conhecimentos científicos e tecnológicos sobre a desertificação e a degradação das terras e sobre a mitigação dos efeitos da seca. Para isso, a iniciativa busca ativar e melhorar os processos participativos que facilitam as ações em ciência e tecnologia voltadas para a temática na região.
As principais pesquisas e trabalhos desenvolvidos nesse sentido serão apresentados em Sobral. As temáticas são divididas em três grandes eixos:
[1] Estado da desertificação, degradação da terra e seca [DDTS] Metodologias para identificar, cartografar e classificar áreas afetadas; Aplicação de sistemas de informação geográfica e sensores remotos; Processos de degradação; Indicadores e pontos de referência [indicadores aprovados pelo CST]; Sistemas de avaliação e monitoramento; Mudanças nos usos dos solos; novas ameaças e resiliência; História, paisagens e patrimônio.
[2] Valoração socioeconômica e cultural dos impactos da DDTS Metodologias quantitativas e qualitativas para a medição; Custos da ação e inação; Impactos econômicos a nível macro e micro; Efeitos dos processos migratórios; Emprego; Análises de produtividade; Instrumentos de políticas e práticas para combater a desertificação; Compensação por serviços ecossistêmicos;
[3] Manejo sustentável da terra [MST] Segurança alimentar; Adaptação à mudança climática; Sistemas de produção, tecnologias apropriadas e conhecimentos tradicionais; Sistemas de restauração; Seca; Estudos e conservação de serviços ecossistêmicos; Lições aprendidas em prevenção e recuperação de terras; Participação das mulheres em Manejo Sustentável da Terra; Manejo e produção de água; Técnicas de convivência nas terras secas;
RELEVÂNCIA A desertificação é um problema de alcance planetário. Distingue-se de fenômenos similares que acontecem em outras zonas do mundo, porque tem lugar em condições climáticas adversas e porque afeta negativamente áreas com recursos naturais limitados de solo, água e vegetação. Em nível global, uma terça parte das terras emersas do planeta são consideradas terras secas uma em cada cinco pessoas vive em uma área afetada por desertificação.
O reconhecimento da importância do problema em escala mundial tem levado a comunidade internacional criar um espaço de diálogo e entendimento, onde os países possam estabelecer acordos para avançar conjuntamente em ações de combate à desertificação. Desde 1994 a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Seca [UNCCD], reúne os países mais afetados. Na atualidade, 194 países do mundo, sendo 33 da América Latina e do Caribe, se reúnem periodicamente em um foro organizado pela UNCCD.
CEARÁ A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos [Funceme] identificou no Estado três Áreas Susceptíveis à Desertificação [ASDs], envolvendo mais de 15 municípios das regiões dos Inhamuns, Jaguaribana e Centro Norte do Estado. Em parceria com instituições parceiras [em âmbitos municipais, estadual, nacional e internacional] e Funceme promove e coordena pesquisas, organiza ações e realiza trabalhos buscando identificar com precisão as áreas degradadas e mitigar os efeitos desse desastre natural.
* Com informações da ilacct.org e Assessoria de Comunicação da Funceme
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