Projeto na AL-CE prevê utilização de energia renovável em moradias de baixa renda

Cerca de 13 mil moradias de baixa renda de municípios cearenses, do Programa Federal Minha Casa, Minha Vida, poderão ser beneficiadas com um sistema que transforma energia solar em elétrica, tendo, assim, a própria geração de energia. 
 
A afirmação foi feita pelo deputado Sérgio Aguiar [PSB] durante audiência pública, na última terça-feira [6], na Assembleia Legislativa do Ceará [AL-CE], para discutir a micro e minigeração de energia renovável. 
 
De acordo com o parlamentar, o projeto já foi certificado pela Caixa Econômica Federal e está para ser homologado.

Segundo Sérgio Aguiar, o debate teve o objetivo de popularizar e mostrar à sociedade como são criadas as energias renováveis e como elas podem ser utilizadas como mini e microgeração de energia no Estado. “Além da economia no bolso do consumidor, a geração de energia distribuída, como mini e microgeração, constitui um importante avanço para a consolidação das fontes renováveis do País”, destacou o deputado.

Durante o encontro, a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Élbia Melo, deu destaque para a resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nº 482/2012, que estabelece condições gerais para o acesso a energias renováveis, no caso solar,  de microgeração e minigeração, permitindo que os brasileiros possam gerar energia em suas próprias casas e receber desconto nas contas de luz.

“Os investimentos para a minigeração de energia eólica tomaram força no Brasil após 2009. Depois da resolução da Aneel, esses investimentos vieram à tona e o setor de energia renovável pode apostar. Atualmente, o Brasil ocupa o 15º lugar no ranking mundial de países produtores de energia renovável e os parques estão instalados nas regiões Nordeste e Sul”, explicou.

Segundo o representante da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Cláudio Frota, o Estado ainda precisa enfrentar grandes desafios para popularizar as energias renováveis. “O primeiro desafio é o ajuste político para o incentivo desse setor, além da diminuição do custo para adquirir energia renovável em casa, que atualmente não condiz com o público que precisa ser atingido”, acrescentou.

Mesmo com os desafios que precisam ser enfrentados para popularizar o uso de energias renováveis, o secretário da Câmara Setorial de Energia Eólica, que funciona no âmbito da Adece, Fernando Ximenes, afirmou que o Ceará tem altíssimo potencial de vento que são ideais para a produção de energia eólica devido à rápida velocidade e às suas fortes cargas. “Nosso Estado, sobretudo nas regiões praianas, possui ventos úmidos, que são pesados e agilizam a produção dessa energia. As energias renováveis precisam ser vistas como uma alternativa primária, não como uma segunda opção”, finalizou.

A audiência pública foi realizada pela Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca e contou, ainda, com a presença do deputado Dedé Teixeira (PT) e o gerente de engenharia da Coelce, Elias do Carmo.


* Com informações da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
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Publicado por Jornalismo

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