Vistoria do TCU constata que estradas federais já têm defeitos após um mês da entrega

Obras em rodovias federais por todo o País são feitas com má qualidade e apresentam defeito até um mês depois de entregues pelas construtoras. 

A constatação é do Tribunal de Contas da União [TCU] após auditoria sobre a qualidade da construção de rodovias federais administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes [Dnit]. 

O TCU analisou 11 obras entregues entre 2011 e 2012 e 942 quilômetros de rodovias foram percorridos com aparelhos especiais para medir a resistência e a regularidade do asfalto.

Das 11 vias pesquisadas, 10 apresentaram problemas como afundamentos, trincas, desgaste, deslocamento de pistas e buracos. Em um caso específico, a BR-230 [Maranhão], os problemas de resistência do piso foram constatados um mês após a obra ter sido entregue. No trecho de 91 quilômetros analisado pelos técnicos, 35% tinham defeitos. 

Em geral, as obras são contratadas para durar de cinco a sete anos, com garantia de qualidade assinada em contrato. Todas as vias pesquisadas foram entregues havia menos de 13 meses. No caso de outra estrada do Maranhão, a situação é ainda pior - cinco meses após a entrega. Nos 320 km analisados, 82% tinham defeitos de resistência, 13%, problemas de regularidade. 

NO CEARÁ Na BR-116, no Ceará, 63% do pavimento estava com problemas de resistência seis meses após concluída. "Esse fato - o curto espaço de tempo entre o fim da obra e a análise - reforça a tese de que os problemas constatados correram em decorrência da má qualidade dos serviços executados, e não do período de utilização da obra", aponta o relatório do TCU. 

Nas nove estradas em que o asfalto apresentou defeitos de resistência, 47% dele [408 km] tinham problemas. Caso o trabalho tenha que ser refeitos o prejuízo estimado pelos técnicos seria de R$ 158 milhões. 

Além dos problemas de resistência, cinco estradas apresentaram problemas de regularidade do pavimento. Para os técnicos, esses dois problemas fazem reduzir a vida útil da estrada e causam prejuízo aos cofres públicos. Somente uma estrada não tinha problema, a BR-392 [Rio Grande do Sul].


* Com informações da Agência CNM
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Publicado por Jornalismo

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