Sesa aponta Icó em 4° lugar na mortalidade materna no Ceará em 2011

Números negativos para o Icó. A Secretaria da Saúde do Estado [Sesa] divulgou, na última semana, o informe da mortalidade materna de 2011 e apresentou dados que apontam um desafio da saúde icoense.

De acordo com os números, em 2011 foram notificadas 114 mortes maternas em 59 municípios do Ceará e os municípios com maior número de óbitos foram Fortaleza [19], Caucaia [8], Sobral [6], Icó [4], Amontada [3], Aracati [3], Jaguaretama [3], Camocim [3] e Pindoretama [3].

ICÓ E REGIÃO O boletim divulgado pela Sesa apontou que, no caso de Icó, os óbitos foram anotados em janeiro [1], março [2] e maio [1]. Um fato a ser observado, e apontado pelo documento, afirma que a "razão da Mortalidade Materna é utilizada como indicador de pobreza, iniquidade social, da cobertura e qualidade da atenção médico-sanitária da população"

No que diz respeito à Coordenadoria Regional de Saúde de Icó, a CRES 17, sediada no município icoense e que integra, ainda, os municípios de Baixio, Cedro, Ipaumirim, Lavras da Mangabeira, Orós e Umari, a Secretaria destacou a redução de mortes maternas. [ver tabela abaixo].





MORTALIDADE NO CEARÁ Segundo a Secretaria, no período de 1998 a 2012, foram confirmados 1.751 óbitos maternos com uma média anual de 117 óbitos maternos e mensal de 10 óbitos maternos. 

No período de 1988 a 2004 a RMM no Ceará apresentou uma tendência de estabilização, com uma média para o período de 85.7 por 100.000 nascidos vivos, sendo 4 vezes maior do que o aceitável pela OMS. No entanto entre 2005 e 2011, verifica-se um decréscimo na razão da mortalidade materna [RMM] de 23,3% passando de 88.5 para 67.8 óbitos por 100.000 nascidos vivos, resultado atribuído ao Pacto Nacional pela redução da mortalidade materna, infantil e neonatal.

O relatório apresentado apontou que, entre as causas diretas da mortalidade em solo cearense, está a doença hipertensiva específica da gravidez [DHEG] com 179 [42,3%] óbitos no período, seguido da hemorragia antes e após parto, com 101 óbitos [23,9%].

Entre as recomendações da Secretaria, está a de fortalecer a implantação e atuação dos Comitês de Prevenção à Mortalidade Materno Infantil, bem como a investigação de óbitos que permitam a identificação de medidas para evitar novos óbitos, além de elevar as coberturas do pré-natal para 7 ou mais consultas.

BRASIL O Ministério da Saúde registrou, no período de 1990-2010, relevante redução das mortes maternas [50%]. Por outro lado, a quinta meta do milênio das Nações Unidas estabelece uma taxa de 35 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos até 2015. Para alcança-la, o Brasil precisa reduzir a taxa atual de 68 óbitos por 100.000 nascidos vivos em 2010 pela metade. 
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Publicado por Jornalismo

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