O governo federal anunciou na manhã desta quinta,14, um ambicioso plano de incentivo à inovação.
Com valores superlativos, o Plano Inova Empresa, que deve chegar a R$ 32,9 bilhões em dois anos, é o maior pacote do gênero já lançado no Brasil.
Sete áreas serão beneficiadas: tecnologia da informação e comunicações [TIC], agropecuária, energia, petróleo e gás, saúde, defesa e sustentabilidade socioambiental.
As linhas de financiamento se darão por subvenção econômica a empresas [R$ 1,2 bilhão], fomento para projetos em parceria entre instituições de pesquisa e empresas [R$ 4,2 bilhões], participação acionária em empresas de base tecnológica [R$ 2,2 bilhões] e crédito para empresas [R$ 20,9 bilhões] com taxas de juros subsidiadas de 2,5% a 5% ao ano, quatro anos de carência e 12 anos para pagamento.
"Com este plano, o financiamento do governo federal para inovação tecnológica atingirá um patamar sem precedentes. Estamos dando um salto rumo à consolidação da ciência, tecnologia e inovação como eixo estruturante e sustentado da economia brasileira", afirma o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.
Os ministérios da Saúde, Defesa, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Educação, Trabalho e Emprego, Comunicações, Minas e Energia e Meio Ambiente participam do planejamento. O comitê gestor do novo plano será formado pela Casa Civil da Presidência da República, pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação [MCTI], da Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior [MDIC] e da Fazenda, além da recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa.
Já a execução do Brasil Inova ficará a cargo do MCTI, em parceria com o BNDES, a Financiadora de Estudos e Projetos [Finep] e Sebrae. Também participarão as agências reguladoras das Telecomunicações [Anatel], do Petróleo [ANP] e de Energia Elétrica [Aneel].
"O Brasil está cada vez mais inserido no mercado externo e precisa manter a sua competitividade", completa o ministro.
Contribuição do setor de telecom
O MCTI informa que o plano deve receber mais R$ 3,5 bilhões da Anatel para atividades de pesquisa e inovação no setor de telecomunicações. Mas, segundo apurou este noticiário, esses recursos não fazem parte do orçamento da agência nem haverá nenhuma mudança no Fistel para possibilitar a alocação desse montante em P&D.
Esta é, na verdade, uma estimativa do quanto as empresas do setor deverão investir em PD&I caso o regulamento sobre o assunto, que está em consulta pública, venha a ser aprovado. O regulamento estabelece que as empresas devem investir 3% da sua Receita Operacional Líquida [ROL] em atividades desse tipo para obterem o Certificado da Anatel de Investimentos em PD&I.
EMBRAPPI Além do pacote, o governo também anunciou mais detalhes da Embrapii, a Empresa Brasileira para a Pesquisa e Inovação Industrial. Segundo afirmou a presidenta Dilma, a nova instituição será uma Organização Social [OS], e seguirá os mesmos moldes da Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
O projeto piloto da Embrapii envolve o Instituto Nacional de Tecnologia [INT/MCTI], do Rio de Janeiro; o Instituto de Pesquisa Tecnológica [IPT], de São Paulo; e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia [Cimatec], do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial [Senai], nas áreas de saúde, energia e automação industrial. "A Embrapa é um excelente exemplo da feliz união entre o conhecimento, a produção científico-acadêmica e o sistema produtivo", completa Raupp.
* Com informações da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará
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