Com a perenização do rio Banabuiú, a partir da barragem do Patu,em Senador Pompeu, no Sertão cearense, os proprietários das terras, que ficam às margens desse rio, foram beneficiados com água e implantaram diversos tipos de culturas agrícolas e suportes forrageiros para a pecuária.
Neste percurso, destacam-se as 45 famílias das comunidades de Catolé e Inharé, que, em 165 hectares, implantaram, com a assistência técnica e extensão rural, da Ematerce/SDA, sistemas de irrigação, em lotes de terras de aluvião, com a finalidade de explorarem a bovinicultura de leite, o plantio de capim, para venda às comunidades vizinhas, a produção de frutas para ser vendida à prefeitura e compor a merenda escolar e, principalmente, a produção de leite para as indústrias de lacticínio e para o programa Leite Fome Zero, do Governo Federal.
A produção de feijão é outra fonte de renda importante para a comunidade .
A Secretaria do Desenvolvimento Agrário [SDA], por intermédio da Ematerce, com recursos próprios do Governo do Estado, implantou o projeto Catolé/Inharé, investindo R$ 3,0 milhões em sistemas fixos de irrigação e redes de energia elétrica.
Atualmente, outros recursos estão sendo aplicados para ampliação e modernização dos sistemas de irrigação, além do de energia elétrica.
Com a seca, que, desde a ano passado, castiga todo o Nordeste brasileiro e, em especial, as regiões do semiárido, que sofrem com a falta de chuva e a consequente queda na produção agropecuária, destaca-se a produção obtida por 11 componentes do Grupo de Apoio à Comunidade de Inharé [Gaci] que diariamente produzem 6.450 litros de leite, perfazendo 193.500 litros de leite, por mês, em 43 hectares de capineiras, aplicando a tecnologia do pastejo rotacionado.
A renda mensal, com a venda do leite, considerando um valor, por litro, de R$ 0,78, é de R$ 150.930,00, perfazendo um valor bruto anual de R$ 1,8 milhão, com um lucro liquido de R$ 633.906,00.
Como diz o presidente da Ematerce, Engenheiro Agrônomo José Maria Pimenta, esta é uma produção que só é obtida com a aplicação de tecnologia de manejo e com bovinos de alta linhagem genética.
FEIJÃO A cultura do feijão é cultivada em 90 hectares, obtendo-se uma produtividade de 1.800 kg/hectare. Atualmente, o preço do feijão está em constante alta, proporcionando um retorno líquido de 30%. Nos 90 hectares, os 25 agricultores, que se dedicaram ao plantio do feitão, obtiveram uma receita bruta, durante as duas safras de 2012, de R$ 1,3 milhão, vendendo o litro do produto a R$ 4,16.
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