
Entre junho e julho, a pesquisa mostra que passou de 46,6% para 43,9% o percentual de entrevistados com dívidas. Em julho de 2011, o índice de endividados era 47,9% das famílias
Os dados compõem o Índice de Expectativa das Famílias, que mede a percepção dos brasileiros sobre a economia e caiu de 68,5 pontos, em junho, para 68,2 pontos, em julho. Os indicadores foram apurados em pesquisa mensal do Ipea com 3,8 mil domicílios em 200 municípios do país .
O levantamento também aponta mudanças no perfil de endividados no país com a diminuição do percentual de famílias muito endividadas, de 9,1% para 7,1%, entre junho e julho. O índice tinha chegado a 9,7% em agosto de 2011, depois de marcar 9,2% em julho daquele ano. Os mais ou menos endividados em julho deste ano somam 18,8% e os poucos endividados, 18%
O levantamento mostra ainda aumento de 14,5% para 17,9% das famílias que afirmam ter condições de pagar totalmente suas dívidas, entre junho e julho, e queda do percentual das que dizem poder pagar somente parte das dívidas [de 51,2% para 46,8%]. O número das que não têm condições de pagar o saldo de débitos, por outro lado, subiu de 33% para 33,3% no período.
REGIÕES - Na comparação do endividamento entre as regiões, famílias com menos dívidas são do Centro-Oeste [92,6%] seguida pelo Sudeste [61%] e pelo Sul [59,8%]. Já no Nordeste, o índice cai para 39,9% e para 26% no Norte - que tem o maior percentual de famílias muito endividadas, 9%. Por faixa de renda, as famílias "muito endividadas" recebem até um salário mínimo [10,2%].
O Ipea não calculou a relação entre comprometimento da renda domiciliar com as dívidas, que são R$ 4, 5 mil por família, em média, descontando o financiamento da casa própria.
A maioria das famílias consultadas na pesquisa disse não ter dívidas [55,8%] e, entre aquelas com saldo de débitos, 17,9% disseram que têm condições de quitá-los completamente, embora uma em cada três famílias entrevistadas não tenham condições de fazer o mesmo.
Com relação ao emprego, 80,8% da famílias se sentem seguras com a ocupação do responsável pela casa e 41,1% acreditam na melhoria profissional dos chefes de famílias. A expectativa é mais alta entre aquelas com renda de um a quatro salários mínimos e com mais de dez salários.
Na avaliação da maioria [77%], segundo o Ipea, a situação financeira em 2012 é melhor que a de 2011. Boa parte [58,3%] considera o momento bom para comprar bens de consumo duráveis, embora o índice tenha diminuído em relação a junho [60,2%].
Em relação ao futuro, as famílias brasileiras são otimistas. Para 2013, 65% esperam que a situação econômica melhore, enquanto 21,3% "esperam piores momentos". Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste as estimativas são as mais elevadas, de 83,5% e 67,5%, respectivamente.
* Com informações da Agência Brasil
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