Durante a sessão plenária desta quarta-feira [11], os deputados Ely Aguiar [PSDC], Fernando Hugo [PSDB], Ferreira Aragão [PDT], Moésio Loiola [PSD], Delegado Cavalcante [PDT], Dra. Silvana [PMDB] e Leonardo Pinheiro [PSD] utilizaram da tribuna para falar da situação de fragilidade da segurança pública do Ceará.Aguiar afirmou que, diariamente, grupos criminosos de outros estados vêm invadindo o estado e assaltando agências bancárias, sobretudo no Interior. “O ano mal começou e já são 28 ataques a agências bancárias”, lamentou.
O parlamentar disse que a situação de insegurança, provocada pela ação de bandidos, vem deixando a população temerosa, inclusive os próprios gestores, que não estão querendo nem mais a presença de agências nos municípios.
Em Solonópoles, por exemplo, o banco continua sem funcionar. Conforme ele, isso obriga as pessoas a se deslocarem para cidades vizinhas. No município de Pentecostes, uma quadrilha explodiu a agência do Banco do Brasil na madrugada desta terça-feira [10].
Em Solonópoles, por exemplo, o banco continua sem funcionar. Conforme ele, isso obriga as pessoas a se deslocarem para cidades vizinhas. No município de Pentecostes, uma quadrilha explodiu a agência do Banco do Brasil na madrugada desta terça-feira [10].
“A situação fugiu do controle das autoridades. Não existe segurança pública capaz de conter essas ações. Estamos literalmente nas mãos dos bandidos, que desmoralizam a Polícia e botam ela para correr no meio da rua”, pontuou. O parlamentar teme outra greve dos policiais militares, que alegam o não cumprimento do acordo com o Governo do Estado. “Se acontecer, isso será terrível”, acrescentou.
Em aparte, Hugo reforçou a preocupação, afirmando que é um chamamento para mudanças. Mesmo reconhecendo os investimentos feitos na segurança pública, ele acredita que não houve “uma colheita” satisfatória. “Não pode a Polícia desfilar de Hilux, se não tem uma ação efetiva policialesca. Tem que mudar a postura como foi no Rio de Janeiro”, pontuou
Já o parlamentar Cavalcante, fez um alerta sobre os ataques de criminosos a bancos do Estado. Ele classificou como terrorismo a ação realizada no município de Pentecostes contra uma agência do Banco do Brasil.
Um bando de 15 homens dinamitou o prédio do banco, fez reféns e metralhou uma viatura da Polícia Militar, antes de fugir. “Isso é terrorismo. estão desafiando as forças de segurança do Estado e até as forças nacionais, como o Exército Brasileiro, que tem controle do comércio de explosivos”, avaliou Cavalcante.
Para o deputado, que é delegado da Polícia Civil do Ceará, faltam planejamento e inteligência na área de segurança do Estado. “Isso é um absurdo e não pode ser aceito”. Ele sugeriu uma ação coordenada entre as policias. “Se reúnam e façam um diagnóstico para saber o que está acontecendo”, completou.
“Como homem de segurança pública e profissional que trabalhou nas ruas fazendo diligências no Interior do Estado, consegui evitar diversos tipos de crimes, algumas ações criminosas de quadrilhas que agiam em nível nacional”, comparou.
Em aparte, Aragão apontou como problema a falta de segurança nas divisas dos Estados. “É necessário uma grande cruzada para criar um cinturão defensivo. Tem muito bandido que veio do Rio de Janeiro e São Paulo”, avaliou.
Para Loiola, o ataque à agência bancária de Pentecostes “desmoralizou a Polícia”. Na visão dele, os tiros atingiram não apenas a viatura, “mas um símbolo da segurança pública”. Ele ponderou ainda que o Governo do Estado investe o que pode na segurança pública e não se pode comparar o cenário de dez anos atrás com o de hoje, pois a criminalidade se fortaleceu.
Dra. Silvana também ressaltou os investimentos feitos pelo Governo na segurança, mas lembrou que os criminosos vêm se especializando. “Infelizmente o estado está correndo atrás de um crime especializado”, acentuou.
Pinheiro atribuiu parte da culpa pela violência ao Judiciário. “Homicidas não são presos porque falta juiz para decretar a prisão. As comarcas vazias tem causado prejuízo grande”, analisou.
* Com informações da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
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