[Fotos: Luan Sarmento]
Este detalhe [foto acima] é uma especialidade arquitetural presente na antiga e estreita via por onde caminhavam os escravos da cidade, que prestavam serviços aos senhores, senhoras, rapazes e raparigas¹, descendentes da classe de europeus fazendeiros, latifundiários e comerciantes da alta sociedade icoense do século XVIII e XIX, residentes dos grandes sobrados e casarões que, em tempos remotos, era motivo de orgulho e símbolo de soberania daqueles que extraiam das ricas terras da Ribeira dos Icós, o sustento para o gado e opulência econômica da época.
Eram talentosos os construtores desses belos detalhes seculares, pois sabemos que a elaboração do arco de ogiva ou arco quebrado, típico da arquitetura gótica, é um procedimento realizado apenas por profissionais especialistas, e sua edificação é difícil e requer muito conhecimento técnico.
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¹Rapariga: Moça jovem, adolescente. Denominação comum na cultura portuguesa, predominante em Icó, em tempos remotos.
¹Rapariga: Moça jovem, adolescente. Denominação comum na cultura portuguesa, predominante em Icó, em tempos remotos.
[Foto: Suéllen Alves]
ANEXO - Arco de ogiva ou arco quebrado do antigo Mercado Público [Séc. XIX], uma construção concretizada distante do conjunto habitacional da época, cuja finalidade principal foi afastar o ambiente comercial do residencial. A solicitação para a construção do mesmo, foi efetivada no dia 30 de Maio de 1873, pela Câmara Municipal de Icó.
Fonte de estudo: GUIA CULTURAL. Icó Patrimônio Nacional [panfleto], com textos elaborados pelo pesquisador titular da história de Icó, Altino Afonso Medeiros.
ICÓ, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL - Primeiro Sítio Histórico do Ceará, tombado nacionalmente em 1997, pelo órgão federal IPHAN [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional].
* Texto de Luan Sarmento, publicado no blog Icó Arte Barroca
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