Assembleia debate transferência de recursos do pré-sal para educação e ciência

A Assembleia Legislativa realizou na tarde desta segunda-feira [12] mais uma edição do Projeto Ponto de Vista – Um tema. Um Comentário. Dois pontos de vista, iniciativa do Instituto de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Estado do Ceará [Inesp]. Desta vez, o tema discutido foi “Pré-Sal: ciência e educação”.

O deputado Júlio César Filho [PTN], que abriu e presidiu os trabalhos, elogiou o tema escolhido, definindo-o como um assunto de grande importância para o futuro do País. Para ele, é fundamental discutir sobre como estão as propostas da Frente Parlamentar em Defesa do Fundo Social do Pré-sal.

A doutora em Biologia, Helena Bonciani Nader, que é presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência [SBPC] e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), defendeu a valorização e investimento na universidade pública, com o direcionamento de um percentual significativo dos recursos advindos do pré-sal em educação, ciência, tecnologia e inovação.

De acordo com ela, a primeira vez que a SBPC se manifestou sobre o tema foi em um debate na Câmara Federal, em que a entidade defendeu a utilização dos recursos para garantia da dignidade da nação brasileira com um percentual direto para a educação, pois, “sem ela, não existe inovação”.

“O que seria da Petrobras se não existisse a universidade? O pai do biodiesel é um cearense. Mas tanto o biodiesel quanto o pré-sal só foram descobertos porque temos a tecnologia do nosso próprio País. É preciso se investir mais em ciência e tecnologia”, acrescentou.

O professor Lindberg Lima Gonçalves, da Universidade Federal do Ceará [UFC], afirmou que a universalização da educação foi atingida, mas a qualidade não. Para ele, o crescimento de um país está completamente relacionado com a educação e é preciso enxergar que o pré-sal e os recursos que virão com ele estão mais próximos do que se imagina.

Segundo Lindberg, a escola básica tem de ter bons professores e isso só será possível com bons salários. “É preciso qualificar, mas, acima de tudo, tem que se remunerar. Muitos estados terão dificuldade de pagar duas vezes o valor do piso para os docentes, mas isso seria o correto. Metade dos recursos do Pré-sal devem ir para a educação, ciência, tecnologia e inovação e no primeiro barril de petróleo, já teremos que direcionar essa fatia dos recursos”, encerrou.

* Com informações da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
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Publicado por Jornalismo

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