
Por ocasião da visita de Ariano Suassuna a cidade de Icó em 30 de outubro de 2011
I – Triste trocadilho
Existem coisas que, num dia, acontecem várias vezes.
Outras acontecem diariamente.
Existem coisas que sempre acontecem.
Outras que acontecem quase sempre.
Existem coisas que às vezes acontecem.
Outras acontecem dificilmente.
Existem coisas que quase, quase nunca acontecem.
Outras, só uma vez na vida, infelizmente.
Outras acontecem diariamente.
Existem coisas que sempre acontecem.
Outras que acontecem quase sempre.
Existem coisas que às vezes acontecem.
Outras acontecem dificilmente.
Existem coisas que quase, quase nunca acontecem.
Outras, só uma vez na vida, infelizmente.
II – “Entes” aos alienados
O que eu espero, meu amigo, unicamente,
É que saibas ver o valor das coisas, simplesmente.
Daquelas que acontecem uma vez somente.
É que saibas ver o valor das coisas, simplesmente.
Daquelas que acontecem uma vez somente.
Se não for assim, amigo, digo a ti sinceramente:
Para que queres a vida, se não vives plenamente?
Têm serventia os dias, se incompletos totalmente?
Que fazes das noites sem amores, sem Repentes?
Para que queres a vida, se não vives plenamente?
Têm serventia os dias, se incompletos totalmente?
Que fazes das noites sem amores, sem Repentes?
III – Martelo agalopado a um amigo preguiçoso, com Mote a Ariano Suassuna
Os mestres só passam pela Terra uma vez.
Mas se disso tu pouco caso fizeres,
E, ressonando, muito sono tiveres,
Não caíres do teu leito por um triz;
Se não vês grandeza nas palavras que se diz,
Nem a beleza das obras que se fez,
Meu amigo, em outra encarnação talvez,
Mas nessa vida tu não sabes ser feliz!
Eu entrego tudo o que até hoje eu já fiz,
Pra encontrar com Suassuna outra vez.
Mas se disso tu pouco caso fizeres,
E, ressonando, muito sono tiveres,
Não caíres do teu leito por um triz;
Se não vês grandeza nas palavras que se diz,
Nem a beleza das obras que se fez,
Meu amigo, em outra encarnação talvez,
Mas nessa vida tu não sabes ser feliz!
Eu entrego tudo o que até hoje eu já fiz,
Pra encontrar com Suassuna outra vez.
* Textos de Heitor Amorim Muniz, 01/11/2011
0 comentários :
Postar um comentário