Assistindo na TV ao badaladíssimo Casamento Real Britânico hoje pela manhã observei um belíssimo monumento em frente ao palácio de Buckingham em homenagem à rainha Vitória, o que me chamou a atenção também foi a idolatria do povo britânico aos seus representantes.
Nesse contexto me permiti a pensar sobre como os icoenses homenageiam, respeitam e imortalizam não só cidadãos de destaque como também nosso patrimônio cultural.
Você que está lendo esse texto pode se perguntar: existe alguém em nossa terra merecedor de tais louros? Mas vamos nos orgulhar de quem? Do que?
Tenho que considerar que o senso comum em nossa cidade é de pessimismo e parecemos ser incapazes de incentivar e apoiar pessoas com iniciativa e que tem força para transformar a sociedade local, como também esquecer as diferenças políticas para trabalhar em prol de nosso desenvolvimento e preservação da nossa cultura. Ou será que conhecemos tanto nossas personalidades que só somos capazes de ver os seus defeitos e nunca suas realizações?
Quando estava vendo o monumento que citei acima pensei: em Icó, o que foi construído de forma majestosa em homenagem a alguém ou a algum fato de nossa história? O que estamos fazendo para preservar nossos símbolos e nossa identidade?
Nossas valiosíssimas jóias, que são nossos prédios históricos foram deixados por nossos antepassados e que mesmo uma pequena, porém considerável amostra tenha chegado até nós, frequentemente acontecem ações que ferem à sua preservação e a identidade do povo.
Sempre escutei frequentes queixas da população quanto ao novo Largo do Théberge. Uma obra imponente, porém não considerou o sentimento de identificação das pessoas com a antiga praça.
O que aconteceu com Casa de Cultura Mariinha Graça? Que no seu início era um local de efervescência cultural e social, mas passou anos em decadência culminando no fechamento do local, para pelo menos enfim uma promessa de restauro e revitalização.
É triste falar, mas não posso deixar de citar o Teatro da Ribeira dos Icós. Símbolo maior da nossa preservação de nossa cultura, identidade e ícone turístico por excelência. Como estamos utilizando o teatro? Como estamos cuidando do teatro? De que forma valorizamos o teatro?
Um bom exemplo é o Núcleo de Música – Sobrado Canela Preta, que mesmo com as dificuldades e irregularidade de funcionamento, ano após anos, vem capacitando e dando um novo norte a cena musical local. Mas nossos músicos merecem muito mais.
Não gosto de me alongar, até mesmo porque quero ser lido e somos um povo que não gosta de ler.
Quando relato tudo isso, não me excluo da responsabilidade de intervenção nessa realidade, pois também faço parte da mesma. Não quero também colocar toda a culpa no poder público, até mesmo por que tudo o que acontece em nossa cidade é espelho da nossa sociedade, e quando falo em sociedade, digo cada um de nós. Quem está agindo? Quem está pensando e debatendo sobre esses problemas? Quais são as pessoas que se reúnem para modificar essa realidade?
Minha percepção está nesse texto, meu objetivo é colocar você leitor para pensar e refletir, então, o que faremos agora?
* Texto postado no blog Icó Cultural
Nesse contexto me permiti a pensar sobre como os icoenses homenageiam, respeitam e imortalizam não só cidadãos de destaque como também nosso patrimônio cultural.
Você que está lendo esse texto pode se perguntar: existe alguém em nossa terra merecedor de tais louros? Mas vamos nos orgulhar de quem? Do que?
Tenho que considerar que o senso comum em nossa cidade é de pessimismo e parecemos ser incapazes de incentivar e apoiar pessoas com iniciativa e que tem força para transformar a sociedade local, como também esquecer as diferenças políticas para trabalhar em prol de nosso desenvolvimento e preservação da nossa cultura. Ou será que conhecemos tanto nossas personalidades que só somos capazes de ver os seus defeitos e nunca suas realizações?
Quando estava vendo o monumento que citei acima pensei: em Icó, o que foi construído de forma majestosa em homenagem a alguém ou a algum fato de nossa história? O que estamos fazendo para preservar nossos símbolos e nossa identidade?
Nossas valiosíssimas jóias, que são nossos prédios históricos foram deixados por nossos antepassados e que mesmo uma pequena, porém considerável amostra tenha chegado até nós, frequentemente acontecem ações que ferem à sua preservação e a identidade do povo.
Sempre escutei frequentes queixas da população quanto ao novo Largo do Théberge. Uma obra imponente, porém não considerou o sentimento de identificação das pessoas com a antiga praça.
O que aconteceu com Casa de Cultura Mariinha Graça? Que no seu início era um local de efervescência cultural e social, mas passou anos em decadência culminando no fechamento do local, para pelo menos enfim uma promessa de restauro e revitalização.
É triste falar, mas não posso deixar de citar o Teatro da Ribeira dos Icós. Símbolo maior da nossa preservação de nossa cultura, identidade e ícone turístico por excelência. Como estamos utilizando o teatro? Como estamos cuidando do teatro? De que forma valorizamos o teatro?
Um bom exemplo é o Núcleo de Música – Sobrado Canela Preta, que mesmo com as dificuldades e irregularidade de funcionamento, ano após anos, vem capacitando e dando um novo norte a cena musical local. Mas nossos músicos merecem muito mais.
Não gosto de me alongar, até mesmo porque quero ser lido e somos um povo que não gosta de ler.
Quando relato tudo isso, não me excluo da responsabilidade de intervenção nessa realidade, pois também faço parte da mesma. Não quero também colocar toda a culpa no poder público, até mesmo por que tudo o que acontece em nossa cidade é espelho da nossa sociedade, e quando falo em sociedade, digo cada um de nós. Quem está agindo? Quem está pensando e debatendo sobre esses problemas? Quais são as pessoas que se reúnem para modificar essa realidade?
Minha percepção está nesse texto, meu objetivo é colocar você leitor para pensar e refletir, então, o que faremos agora?
* Texto postado no blog Icó Cultural
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