O Icó é Notícia traz mais informações a respeito do documentário "Charqueadas", lançado no último dia 3 de maio, e que tem a direção de Roberto Bonfim.Na ocasião do evento de lançamento, realizado no Centro Cultural Oboé, em Fortaleza, esteve presente o integrante da equipe do Icó é Notícia e Rádio Brasil FM, Victor Luiz.
Nada melhor que trazer a definição da película pelo texto que integra o resumo do abordado pelo documentário histórico e social sobre uma das principais riquezas do Ceará, o charque.
Charqueadas. Ensaio à história das rotas e fábricas de carnes do Ceará (século XVIII) é um vídeo documentáriode 50 min, realizado pelo pesquisador e documentarista Roberto Bonfim a partir da história oral e documental de memorialistas, historiadores, habitantes das ribeiras, tangerinos (vaqueiros), escritores, todos, trazendo como tema de estudo o sentimento de pertença a uma atividade tão importante na economia, na formação e povoamento dos sertões cearenses.
Segundo Capitrano de Abreu "a civilização do couro". A Expedição percorreu a rota das boiadas da ribeira do Rio Jaguaribe, iniciando na cidade de Icó com a chegada ao município de Aracati (aproximadamente 330 km). Essa jornada resgatará antigos hábitos pertinentes a esta cultura, como o propósito processo de salga das oficinas de carne do Ceará.
A produção e todo trabalho de campo, contará com a participação e depoimentos de vaqueiros, ribeirinhos, historiadores, pesquisadores e economistas. Partiremos de uma realidade atual, muito diferente da encontrada há três séculos, no tocante aos aspectos econômicos, culturais, sociais e político, e partir dela, para resgatarmos um acontecimento histórico do século XVIII que contribuiu sobremaneira para formação do Ceará como o conhecemos hoje: as charqueadas.
Entretanto, o Sul do Brasil, mais precisamente a região de Pelotas, fora desenvolvido a técnica de produção. Um charqueador de Aracati, José Pinto Martins, se dirigiu em 1780 para região de Pelotas. Tudo porque em 1777,78 e 79, os três anos ocorreram no Ceará uma grande seca que dizimou quase todo rebanho da produção do charque. Além da chegada de uma nova cultura de produção, o algodão.
Pinto Martins seguiu para o sul com a intenção de melhores pastos e condições para produção de charque.
Hoje, o Sul do país, é exemplo de resistência a uma cultura de seus irmão nordestinos.
Roberto Bonfim
0 comentários :
Postar um comentário