O quadro "Na Ribeira dos Icós" retorna e traz hoje um capítulo especial sobre a planta que pode ser uma das origens para o nome de nosso município. Trata-se do Icozeiro, ou cientificamente conhecido por Capparis yco, sendo este da família das Caparidáceas.
CARACTERÍSTICAS - De acordo com a Enciclópedia Agrícola Brasileira, primeira publicação do gênero na América Latina e iniciativa da USP, o Icozeiro é classificado como Capparidacea, mais especificamente em Capparis yco Eichl. (Calicodendron ico Mart.; Capparis speciosa Moric.).
É uma espécie típica do sertão nordestino, sendo uma das poucas que, mesmo sem chuvas, permanece verde. Segue a Enciclópedia que a "planta é uma pequena árvore cujos frutos são cápsulas ovóides, pontudas, verdes, que contém de 4 a 6 sementes amareladas. As folhas são tóxicas ao solípedes (burros, jumentos). Há ainda uma outra espécie, o icó-preto (Capparis jacobinae Morie.), de casca preta e folhas lineares acuminadas."
Finaliza o livro que "Menezes (1949) alinha uma terceira espécie chamada icó, a Capparis augustifolius H. B. K., semelhante o icó-preto, mas cujas folhas lineares tem uma extremidade romba; os frutos são escuros e édulos (comestíveis)."
O estudo ainda continua que houve o registro da espécie Icó em 1873, com o registro de Pinto, que afirmava que "é fruta agreste das caatingas, conhecida no centro de Pernambuco, Minas Gerais e Bahia, por este nome [...] nasce em lugares baixos [...]. As flores são brancas, de tamanho regular, aromáticas." O sinônimo vulgar das plantas é incó ou ycó.
PLANTA MEDICINAL - O "Liber Herbarum Minor", um guia incompleto das Plantas Medicinais, aponta que o Capparis yco é conhecido por "Icó, Icó-branco e icó-preto" e que suas folhas são medicinais, sendo utilizados "como calmante, sedativo, tranquilizante e para inflamação supurativa".
A RESISTÊNCIA - O livro "A floresta e o homem" cita que, no território semiárido, embora devastado pela ação do homem, algumas espécies resistem, caso do "icó (Capparis yco), mandacaru (Cereus jamacaru), quixaba (Bumelia Sartorum) e umbu (Spondias tuberosa). Tal fato é reforçado na publicação "Biomes of Brazil: an ilulustrated natural history (Biomas do Brasil: Uma história natural ilustrada) ".
"[...] Sobressaia das pontas de pedra, das moitas requeimadas, do mato escasso, sombreado a espaços pela rama solitária do icózeiro[...], assim é uam passagem de "História do Brasil", de Pedro Calmon, que mostra em uma bela descrição de local a presença quase cotidiana do Icozeiro, mesmo que solitário.
OS SERTÕES - Clássico literário brasileiro, a obra "Os Sertões", de Euclides da Cunha, que retrata a Campanha de Canudos, mostra que os ramos de Icó, como também era conhecido o Icozeiro, tinham a finalidade de servir como telhado para os sertanejos do famoso Arraial. Veja passagem a seguir:
FONTES PARA A PESQUISA -
:: A floresta e o homem - Publicação da EdUsp (Editora das USP);
:: Associação dos Micros Agricultores de Icozeiro - Petrolina, Pernambuco
:: Biomes of Brazil: an ilulustrated natural history (Biomas do Brasil: Uma história natual ilustrada);
:: Enciclópedia Agrícola Brasileira - Capparis yco;
:: História do Brasil - Pedro Calmon;
:: Liber Herbarum Minor - Guia incompleto das Plantas Medicinais;
:: Os Sertões - Euclides da Cunha;
CARACTERÍSTICAS - De acordo com a Enciclópedia Agrícola Brasileira, primeira publicação do gênero na América Latina e iniciativa da USP, o Icozeiro é classificado como Capparidacea, mais especificamente em Capparis yco Eichl. (Calicodendron ico Mart.; Capparis speciosa Moric.).
É uma espécie típica do sertão nordestino, sendo uma das poucas que, mesmo sem chuvas, permanece verde. Segue a Enciclópedia que a "planta é uma pequena árvore cujos frutos são cápsulas ovóides, pontudas, verdes, que contém de 4 a 6 sementes amareladas. As folhas são tóxicas ao solípedes (burros, jumentos). Há ainda uma outra espécie, o icó-preto (Capparis jacobinae Morie.), de casca preta e folhas lineares acuminadas."
Finaliza o livro que "Menezes (1949) alinha uma terceira espécie chamada icó, a Capparis augustifolius H. B. K., semelhante o icó-preto, mas cujas folhas lineares tem uma extremidade romba; os frutos são escuros e édulos (comestíveis)."
O estudo ainda continua que houve o registro da espécie Icó em 1873, com o registro de Pinto, que afirmava que "é fruta agreste das caatingas, conhecida no centro de Pernambuco, Minas Gerais e Bahia, por este nome [...] nasce em lugares baixos [...]. As flores são brancas, de tamanho regular, aromáticas." O sinônimo vulgar das plantas é incó ou ycó.
PLANTA MEDICINAL - O "Liber Herbarum Minor", um guia incompleto das Plantas Medicinais, aponta que o Capparis yco é conhecido por "Icó, Icó-branco e icó-preto" e que suas folhas são medicinais, sendo utilizados "como calmante, sedativo, tranquilizante e para inflamação supurativa".
A RESISTÊNCIA - O livro "A floresta e o homem" cita que, no território semiárido, embora devastado pela ação do homem, algumas espécies resistem, caso do "icó (Capparis yco), mandacaru (Cereus jamacaru), quixaba (Bumelia Sartorum) e umbu (Spondias tuberosa). Tal fato é reforçado na publicação "Biomes of Brazil: an ilulustrated natural history (Biomas do Brasil: Uma história natural ilustrada) ".
"[...] Sobressaia das pontas de pedra, das moitas requeimadas, do mato escasso, sombreado a espaços pela rama solitária do icózeiro[...], assim é uam passagem de "História do Brasil", de Pedro Calmon, que mostra em uma bela descrição de local a presença quase cotidiana do Icozeiro, mesmo que solitário.
OS SERTÕES - Clássico literário brasileiro, a obra "Os Sertões", de Euclides da Cunha, que retrata a Campanha de Canudos, mostra que os ramos de Icó, como também era conhecido o Icozeiro, tinham a finalidade de servir como telhado para os sertanejos do famoso Arraial. Veja passagem a seguir:
"[...] Feitas de pau-a-pique e divididas em três compartimentos minúculos, as casas eram paródia grosseira da antiga morada romana: um vestíbulo exíguo, um atrium (a sala primcipal) servindo ao mesmo tempo de cozinha, sala de jantar e de recepção; e uma alcova (pequeno quarto de dormir) lateral, furna (toca) escuríssima mal revelada por uma porta estreita e baixa.HOJE - A influência do Icozeiro, que abundava e hoje ainda resiste no semiárido, do qual o Icó está inserido, foi homenagem para uma comunidade rural de Petrolina-PE, cuja Asssociação dos Micros Agricultores leva o nome da localidade e, consequentemente, da planta genuínamente nordestina.
Cobertas de camada espessa de vinte centímetros, de barro, sobre os ramos de icó, lembravam as choupanas dos gauleses de César. Traíam a fase transitória entre a caverna primitiva e a casa. [...]"
FONTES PARA A PESQUISA -
:: A floresta e o homem - Publicação da EdUsp (Editora das USP);
:: Associação dos Micros Agricultores de Icozeiro - Petrolina, Pernambuco
:: Biomes of Brazil: an ilulustrated natural history (Biomas do Brasil: Uma história natual ilustrada);
:: Enciclópedia Agrícola Brasileira - Capparis yco;
:: História do Brasil - Pedro Calmon;
:: Liber Herbarum Minor - Guia incompleto das Plantas Medicinais;
:: Os Sertões - Euclides da Cunha;
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