Indicadores educacionais de Icó estão em baixa - De quem é a culpa? *

ICÓ – INDICADORES DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL


Segundo o Sr. Secretário Municipal de Educação de Icó, Getúlio Oliveira (22/01/11), fora realizada uma pesquisa sobre as principais causas da baixa aprendizagem dos alunos da rede de ensino público do município e poucas situações foram encontradas. Não se pode definir fatores precisos, segundo o mesmo, já que as escolas estão amparadas pela Secretaria Municipal de Educação.

Continua:
 - As escolas do município recebem a merenda escolar regularmente; -os próprios professores escolhem o material didático; - a Secretaria oferece materiais paradidáticos, obras riquíssimas da literatura nacional; - professores recebem salários regulares, já que o mesmo paga o salário em dia e é um dos poucos municípios que paga o piso salarial nacional; - a Secretaria oferece também o transporte escolar; - além disso, está implantando o sistema de um profissional em Psicopedagogia em algumas escolas do município e para o ano de 2011 ampliará para cada duas escolas da rede municipal de educação um profissional em psicopedagogia.

A proposta, segundo o mesmo, é possibilitar aos profissionais que prestam serviços à educação, uma saída para solucionar o problema. Por outro lado, o próprio afirmou ainda que não encontrou problemas nas famílias, não há problemas na estrutura física das escolas e nem fora detectados problemas entre alunos.


Compreendendo:

Ao fazer uso das palavras, entendendo que as principais vertentes norteadoras de forma positiva ou negativa em relação à aprendizagem dos alunos são a ESCOLA, a FAMÍLIA e, principalmente, a CRIANÇA, o Sr. Secretário deixou transparecer nas entrelinhas que a escola, em especial os professores podem ser a causa da baixa aprendizagem dos alunos da rede de ensino a que o mesmo dirige no município.

Eu, José Santos, como professor da classe mencionada, não faço uso da carapuça, até porque, realizo um trabalho diversificado e norteador do campo humanístico, onde possibilito o questionamento por parte dos alunos, dando aos mesmos, condições de exposição do seu próprio pensamento propiciando-lhes a discussão das ideias externas, ou seja, fazer comparações entre aquilo que os mesmos sabem e conhecem e aquilo que os outros têm como experiência de vida.

Agora, ouvir da boca de seu CHEFE que os problemas de aprendizagem dos alunos da rede de ensino pública não apresentam um culpado específico e que o município paga os salários de funcionários rigorosamente em dia, salário regular, merenda escolar, profissional em psicopedagogia, transporte escolar, me faz provocar o sabor indegustável daquilo que é, mas que nunca foi.

É revoltante ver seus companheiros recebendo a culpa como se fossem os verdadeiros responsáveis pelos descasos que a educação do município tem passado ao longo dos últimos onze anos...

Os resultados de péssimos hoje são frutos das produções realizadas há mais de dez anos pelos gestores anteriores. O gestor atual não pode ser culpado pelo que acontece, porém não se vê o mesmo planejar algo que possa frutificar num futuro próximo, onde a colheita possa nos render bons frutos.

Hoje, o Sr. Secretário diz que é um problema muito sério receber em seu gabinete pessoas pedindo afastamento da sala aula porque não está mais em condições de psicológicas de permanecer atuando.

O mesmo diz ainda que essas pessoas foram lotadas na profissão errada. Ora, não se lembra ele que também fez parte do processo de seleção (a dedo) indicando eleitores que certamente não seriam professores, mas exatamente aquilo que eles precisariam nas eleições subsequentes – o voto daquelas pessoas em salas de aula como professores.

Particularmente, fiz parte desse mesmo grupo de pessoas lotadas, mas não fiquei apenas esperando o fim de cada mês para receber meus vencimentos. Ao contrário, busquei sempre participar de cursos de formações, minicursos, além de uma formação em nível superior na área de atuação do ensino fundamental I, visando compreender, através das teorias das diversas disciplinas cursadas, o comportamento e problemas cognitivos dos alunos.

Atualmente, estou cursando uma pós-graduação em Lato Sensu de psicopedagogia. Isto é, não esperei o tempo passar, gerei possibilidades de atualização profissional. Considero que ainda me falta, por isso não vejo o fim, sinto que esta estrada me levará à grandes áreas cognitivas, o que me proporcionará conhecimento e condições para repassar com grandeza todo o conteúdo necessário à aprendizagem de meus alunos.

Não vejo meu currículo como condição de orgulho para minha profissão, vejo apenas passos dados na progressão do processo contínuo do conhecimento preparativo para minha realização profissional. Sabendo que o foco da mesma é, ao fim de cada ano, entregar o boletim de todos os alunos aprovados por mérito próprios não meus, mas deles mesmos.

Se o Sr. Secretário de Educação, considera que a escola dispõe de todas as condições necessárias para que o professor ministre suas aulas sem prejuízos, porque não lhe falta recursos pedagógicos, digo-lhe, que não trabalho apenas por dinheiro, empenho amor no que realizo, porém necessito ser valorizado pelo trabalho desempenhado. E não venha me dizer que o meu trabalho não é digno de valorização.

Os resultados negativos de hoje, são reflexos de planejamentos mal idealizados de ontem. Sabe-se que os verdadeiros culpados são os próprios gestores, já que eles mesmos fizeram as lotações de um passado não muito distante, alocando pessoas sem formação devida e até sem motivação para buscarem se formar profissionalmente para a realização do exercício de suas funções.


:: Vejam as situações em que os municípios valorizam seus servidores:

Ao fim de cada ano os municípios que repassam em média como forma de abono salarial (que chamamos de rateio) cerca de:



Icó o tipo de município que valoriza o trabalho de seus servidores.

De acordo com o Transparência Brasil, o município de Icó recebe em média mensalmente, cerca de R$ 1.011.000,00 (Hum milhão e onze mil reais/m);

Ou seja, Icó recebe quase:
R$ 13.000.000,00 (Treze milhões de reais/ano).

_______________________
* Artigo enviado pelo professor José Santos
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Publicado por Jornalismo

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3 comentários :

TAUÁ BASKETBALL disse...

Um lugar com péssima educação, terá pessoas sem capacidade lá na frente ai não não serão bem empregadas, Fogem para os grandes centros porém sem estudos ficam com empregos de baixa remuneração e.toooooome forró abestados.

heleno valentim freire disse...

na verdade opovo de ico nunca foram fam de educaçao de boa qualidade gostam mesmo e de forro toma forro tratando do asunto escola e de lamentar as escolas da SERA ESTAO TODAS CAINDO O MATO TOMANDO CONTA MAIS O POVO TEM O QUE MERECEM TOMA FORRO

Unknown disse...

CONCORDO COM O AUTOR... PRINCIPALMENTE NO QUE SE REFERE A GESTÃO PÚBLICA...ESSA QUE NÃO PASSA DE BONECOS DE MARIONETES NAS MÃOS DE MEIA DÚZIA DE PESSOAS.
NÃO SE CONCEBE PENSAR QUE PROGRESSO NA EDUCAÇÃO SE RESUME A MERENDA E TRANSPORTE ESCOLAR E SALÁRIOS NO PISO NACIONAL E SEM ATRASO.
ANTES O PROGRESSO COMEÇA COM PROFISSIONAIS CAPACITADOS E QUE GOSTE DO SEU TRABALHO...POIS UM PROFESSOR EM SALA DE AULA TEM QUE SER MUITO MAIS QUE UM SIMPLES PROFESSOR...
VISTO QUE OS ALUNOS DE HOJE SÃO OS: MÉDICOS;FISIOTERAPEUTAS;PSICOLÓGOS;PROFESSORES...E SEM DÚVIDAS OS POLÍTICOS DE AMANHÃ...
O QUE SERÁ DO FUTURO SE NÃO LEVARMOS A EDUCAÇÃO A SÉRIO HOJE???



MAS INFELIZMENTE A POPULAÇÃO DE ICÓ NÃO SE IMPORTARÁ COM A EDUCAÇÃO ENQUANTO EXISTIR FORRÓ...
E TOME 15