Coreanos avaliam investimentos no Ceará


Por Teresa Fernandes

Energias renováveis, tecnologias e grandes empreendimentos como siderúrgica são assuntos estratégicos na relação bilateral entre Brasil e Coréia do Sul. O país é o sétimo maior parceiro comercial do Brasil. A relação comercial entre a Coreia e o Ceará deverá ser implementada com a construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), com participação das sul-coreanas Posco e Dongkuk.

''A principal pauta de exportação do Ceará é de calçados, mas isso pode mudar. Com a existência da siderúrgica, pela lógica, o setor metal-mecânico será o que mais irá avançar”, destacou uma fonte que não quis se identificar.

A relação bilateral apresenta grandes oportunidades. “O Ceará representa 0,01% do comércio com a Coreia. Só temos agora uma siderúrgica em construção. Então as expectativas são todas”, disse.

O total das exportações do Ceará para a Coreia do Sul contabilizou US$ 48,89 milhões no ano passado, valor cinco vezes maior que em 2008 (US$ 8,31 milhões). Os principais produtos exportados pelo Estado em 2009 foram couros bovinos, ceras e calçados. O montante, apesar de expressivo, responde por apenas 0,1% do total das exportações do Estado.

Os desafios são aumentar o volume de produtos exportados para o País e aumentar o valor agregado deles. “Nós estamos com uma estratégia de aumentar o valor agregado das nossas exportações. Nós ainda exportamos produtos primários”, destacou o ministro do departamento da Ásia do Leste do Ministério das Relações Exteriores, Francisco Mauro Holanda.

Como produtos que podem incrementar as exportações para a Coreia estão o setor de software e de energias renováveis. “Já estamos exportando softwares para vários países asiáticos e tem dado uma rentabilidade muito grande”. Além disso, segundo Holanda, o Brasil está se tornando membro do Banco Asiático de Desenvolvimento da Coreia do Sul.

Acordos bilaterais

Os temas dos acordos bilaterais estão sendo discutidos no quinto Fórum Brasil- Coreia do Sul. Ao final do encontro deverá ser definida uma pauta de trabalho que será desenvolvida entre os dois governos nos próximos quatro anos e resultará em programas bilaterais. O documento deverá ficar pronto hoje e será discutido na reunião dos membros da cúpula do G-20 no dias 11 e 12 de novembro.

O Fórum surgiu em 2005. Essa é a terceira vez que ele é sediado no Brasil e a primeira vez no Nordeste. Segundo uma fonte que preferiu não se identificar, o Nordeste é uma das regiões que os coreanos mais vão investir pelas oportunidades de crescimento.

''Toda região nova que desponta apresenta facilidades de relações que uma região mais desenvolvida não apresenta. Instalando-se no Nordeste, as empresas estão com todo um terreno aberto para crescer sem grandes concorrentes”, destacou.

Fonte: Jornal O Povo.
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