Definitivamente me dei conta de que alguns daqueles que não votam em Dilma, além de inserir-se no rol dos que desconhecem que é a escolhida de Lula para a disputa das eleições presidenciais, não votariam de maneira alguma nela, ainda que transformasse o Brasil em uma Pasárgada.
E não o fariam por puro preconceito de classe, referente a Lula que a apoia, e de gênero porque Dilma é mulher. Outro dia caí na esparrela de comentar determinados textos publicados no blog de Noblat e o que presenciei foi de uma irracionalidade indescritível.
Não se debate demonstrando prós e contras, comparando gestões ou expondo contradições de ambos os lados. Antes, há um frenesi de torcida organizada que chega às raias da insanidade. Estou convencido de que muito da apatia existente no eleitorado brasileiro se deve a esta postura radical que empana o essencial para o bom debate que é discutir gestão, programa de governo, ideias e até, por que não?, comparar currículos.
O tiroteio verbal que domina o centro das atenções de quem está de lados opostos é de dá engulhos. O tratamento mais obsequioso navega pelos termos petralhas e tucanalhas. Se alguém se posiciona do lado que se situa Lula é um alienado, rendido a algum tipo de programa social do governo, levado a tal condição porque talvez faça parte da engrenagem que aparelha a máquina pública.
Se for um jornalista é porque se vendeu, recebe algum benefício oculto do governo. É como se o eleitor de Lula não tivesse capacidade de dicernir que o país é outro em comparação com o governo anterior. Como se não tivesse havido nenhuma melhora na vida da população, embora as estatísticas estejam presentes para dirimir qualquer dúvida.
Como se Lula fosse um guia espiritual conduzindo uma legião de fanáticos para algum abismo. Se se posicionar do lado de Serra é alguém a favor de vender o Brasil para os americanos, udenista, golpista, defensor das privatizações. Não estamos na luta do bem contra o mal, Deus contra Satanás.
Este maniqueísmo leva ao extremismo que por sua vez já provou ser no passado recente de extrema periculosidade para o regime democrático. De modo geral o eleitor é pragmático. Se está empregado, de barriga cheia, satisfeito com a realidade presente, sua vida tornou-se mais cômoda e não deseja que haja retrocesso, por que deveria trocar tudo isso, se sabe de ue origem veio, por uma aventura incerta, especialmente quando viveu os dois lados da moeda?
É questão de coerência com os fatos. Por outro lado, mesmo estando satisfeito com o governo Lula, mas não acredita que Dilma seja a mais preparada e prefere confiar seu voto em alguém que tem um currículo de maior consistência e por isso enxerga em Serra a melhor opção, que mal há nisso? O voto é livre.
A discussão política tem de se pautar no campo das ideias e não nos ataques ad hominem, que tem por essência combater a pessoa ao invés de a ideia que defende. O debate da rixa, da incontinência verbal, do dogmatismo ideológico e das vias de fato está fora de minhas aspirações.
Curiosamente, este fundamentalismo político é reproduzido em quase todos os blogs que pretendem abrir espaço para a participação plural e democrática dos leitores que os acessam diariamente. Há, de fato, aqueles blogs que se identificam com um ou outro candidato e nesse caso vai lá quem quer. Outros advogam imparcialidade e aceita leitor tanto de Serra, como de Dilma.
Nestes últimos se requer moderação para que os limites não seja ultrapassado e o debate se circunscreva ao debate de ideias e não a ataques pessoais. Nada há de errado em ter lado. Eu não sou filiado a partido político e nem simpatizante de nenhum deles, mas tenho lado.
A política é o governo terreno de nossas vidas e não podemos simplesmente fechar os olhos para um momento tão crucial para o futuro do país, como o de agora em que iremos escolher o próximo ou a próxima presidente da república.
Quatro anos de um bom governo é um relâmpago. De um péssimo, uma eternidade. Esqueçamos o campo de batalha em que parece se situar a eleição atual, e com serenidade prestemos atenção o que dizem os candidatos para fazermos a escolha de que não nos arrependamos depois.
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* Texto escrito e enviado por Kid Jansen de Alencar Moreira
E não o fariam por puro preconceito de classe, referente a Lula que a apoia, e de gênero porque Dilma é mulher. Outro dia caí na esparrela de comentar determinados textos publicados no blog de Noblat e o que presenciei foi de uma irracionalidade indescritível.
Não se debate demonstrando prós e contras, comparando gestões ou expondo contradições de ambos os lados. Antes, há um frenesi de torcida organizada que chega às raias da insanidade. Estou convencido de que muito da apatia existente no eleitorado brasileiro se deve a esta postura radical que empana o essencial para o bom debate que é discutir gestão, programa de governo, ideias e até, por que não?, comparar currículos.
O tiroteio verbal que domina o centro das atenções de quem está de lados opostos é de dá engulhos. O tratamento mais obsequioso navega pelos termos petralhas e tucanalhas. Se alguém se posiciona do lado que se situa Lula é um alienado, rendido a algum tipo de programa social do governo, levado a tal condição porque talvez faça parte da engrenagem que aparelha a máquina pública.
Se for um jornalista é porque se vendeu, recebe algum benefício oculto do governo. É como se o eleitor de Lula não tivesse capacidade de dicernir que o país é outro em comparação com o governo anterior. Como se não tivesse havido nenhuma melhora na vida da população, embora as estatísticas estejam presentes para dirimir qualquer dúvida.
Como se Lula fosse um guia espiritual conduzindo uma legião de fanáticos para algum abismo. Se se posicionar do lado de Serra é alguém a favor de vender o Brasil para os americanos, udenista, golpista, defensor das privatizações. Não estamos na luta do bem contra o mal, Deus contra Satanás.
Este maniqueísmo leva ao extremismo que por sua vez já provou ser no passado recente de extrema periculosidade para o regime democrático. De modo geral o eleitor é pragmático. Se está empregado, de barriga cheia, satisfeito com a realidade presente, sua vida tornou-se mais cômoda e não deseja que haja retrocesso, por que deveria trocar tudo isso, se sabe de ue origem veio, por uma aventura incerta, especialmente quando viveu os dois lados da moeda?
É questão de coerência com os fatos. Por outro lado, mesmo estando satisfeito com o governo Lula, mas não acredita que Dilma seja a mais preparada e prefere confiar seu voto em alguém que tem um currículo de maior consistência e por isso enxerga em Serra a melhor opção, que mal há nisso? O voto é livre.
A discussão política tem de se pautar no campo das ideias e não nos ataques ad hominem, que tem por essência combater a pessoa ao invés de a ideia que defende. O debate da rixa, da incontinência verbal, do dogmatismo ideológico e das vias de fato está fora de minhas aspirações.
Curiosamente, este fundamentalismo político é reproduzido em quase todos os blogs que pretendem abrir espaço para a participação plural e democrática dos leitores que os acessam diariamente. Há, de fato, aqueles blogs que se identificam com um ou outro candidato e nesse caso vai lá quem quer. Outros advogam imparcialidade e aceita leitor tanto de Serra, como de Dilma.
Nestes últimos se requer moderação para que os limites não seja ultrapassado e o debate se circunscreva ao debate de ideias e não a ataques pessoais. Nada há de errado em ter lado. Eu não sou filiado a partido político e nem simpatizante de nenhum deles, mas tenho lado.
A política é o governo terreno de nossas vidas e não podemos simplesmente fechar os olhos para um momento tão crucial para o futuro do país, como o de agora em que iremos escolher o próximo ou a próxima presidente da república.
Quatro anos de um bom governo é um relâmpago. De um péssimo, uma eternidade. Esqueçamos o campo de batalha em que parece se situar a eleição atual, e com serenidade prestemos atenção o que dizem os candidatos para fazermos a escolha de que não nos arrependamos depois.
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* Texto escrito e enviado por Kid Jansen de Alencar Moreira
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