
A cidade não sai de um estigma (ou de uma realidade?) de notícias negativas. A falta de informação de parte da população sobre preservação e esquecimento do povo ao patrimônio histórico do Brasil levou a uma quase tragédia com vidas.
E a recente matéria do Jornal O Povo, gerou diversos comentários (negativos) em relação ao abandono do Icó pelo poder público, leia-se, principalmente, a Prefeitura Municipal. Também o Icó é Notícia registrou apoio na defesa do patrimônio de Icó e contra as ameaças.
A situação em que se encontra atualmente a Casa de Cultura Mariinha Graça, é um exemplo. Caso não haja uma intervenção no telhado do sobrado, o mesmo corre risco de desabamento. A parte financeira do Iphan estaria garantida, mas falta a contrapartida do poder público municipal.
Isso não se trata de apenas querer culpar a recente gestão, mas de várias gestões que somente fizeram a aplicação de recursos federais, portanto dinheiro federal, e sem a devida manutenção e educação patrimonial.
Para ilustrar a questão do Icó atual, trazemos o comentário completo do geógrafo e arquiteto João Henrique de Souza, que comentou à matéria do Jornal O Povo:
"Boa Tarde, Sou Geográfo e arquiteto, moro em Gijoca e sou um grande adimirador da arquitetura do Brasil colonial. Parte considerável da arquitetura da época, infelizmente foi destruída por falta de cuidados da população e do poder público. Tenho viajado muito pelo Brasil e em algumas dessas viagens passei pelo Icó.
E como viajante, olhei com tristeza para uma riqueza tão desprezada como é o patrimônio histórico edificado. Não percebí, nenhuma ação consistente em torno do patrimônio por parte da administração municipal, só contei com a generosidade de um senhor de cabeça branca e carregada de informações, que me falou com muita propriedade da História do Icó.
Mas esse serviço era de uma forma muito artesanal, fui até a sua casa e lá fui muito bem acolhido. Recentemente passei pelo Icó, achei a cidade ainda mais atrasada em todos aspectos, culturais, econômicos e políticos. Lendo essa reportagem, indaguei? Será que o prefeito é mesmo da época em que visitei? Icó vive do passado, não se desenvolve, e nem do passado cuida. Esta muito presente a grande omissão do prefeito. (Mostrem esse comentário para ele) "
A pergunta que não quer calar: Qual será o futuro dos prédios tombados, da história e da cultura de Icó, caso se mantenham estes fatos negativos?
1 comentários :
Acredito na luta do IPHAN na defesa do pratrimônio histórico e artístico do município do Icó. Sou totalmente contra qualquer tipo de ameaça ou agressão a quem quer que seja, tão pouco à alguem que zela arduamente pelo patrimônio da minha cidade. Cediço, gostaria de ressaltar que a população do icó na sua grande maioria preocupa-se sim com a preservação do patrimônio histórico e cultural. E é de assaz importância que tanto o IPHAN quanto a Secretaria de Cultura atuem de forma independente, concisa, iniludível e responsável.Afinal mais do que respeito ao passado glorioso do nosso Icó, a preservação do patrimônio histórico implica no estabelecimento de elos indeléveis entre o presente, passado e futuro.
Rudá Pereira Brasi
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