
Garoto moleque,
Moleque sapeca,
Medonho, danado,
Levado da breca.
Levado da breca.
Garoto sem blusa
De busto queimado
Que queres ser tudo,
Vigário ou soldado.
Menino valente,
Moleque da rua
Que andas sozinho
Nas noites sem lua.
Garoto moleque
Que quebra vidraças,
Que enche de gritos
A alma das praças.
Moleque sapeca,
Garoto vadio
De olhos traquinos,
De sonho erradio...
Se tens o bodoque
Já nada te falta
Não queiras ser grande
Menino peralta.
Não queiras a gloria
Que a glória judia
Não reza pão-nosso
Nem ave-maria.
Não ames o mundo
Que o mundo é malvado,
É cheio de espinhos,
Menino danado.
Sê sempre moleque,
Moleque sapeca,
Medonho danado,
Levado da breca.
Que queres ser tudo,
Vigário ou soldado.
Menino valente,
Moleque da rua
Que andas sozinho
Nas noites sem lua.
Garoto moleque
Que quebra vidraças,
Que enche de gritos
A alma das praças.
Moleque sapeca,
Garoto vadio
De olhos traquinos,
De sonho erradio...
Se tens o bodoque
Já nada te falta
Não queiras ser grande
Menino peralta.
Não queiras a gloria
Que a glória judia
Não reza pão-nosso
Nem ave-maria.
Não ames o mundo
Que o mundo é malvado,
É cheio de espinhos,
Menino danado.
Sê sempre moleque,
Moleque sapeca,
Medonho danado,
Levado da breca.
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* Texto de José Walfrido Monteiro (in memoriam) __ Ex-deputado e ex-prefeito de Icó
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