Os professores da rede municipal de ensino de Icó paralisaram as atividades na sexta feira, dia 05, em forma de protesto para que o município cumpra a lei 11.738 que obriga, a partir de janeiro de 2009, o pagamento do piso nacional de salários do magistério. Segundo Josafá Alves, presidente do Sindicato dos Servidores, que está em litígio pelo direito de representar os funcionários públicos municipais, a greve de advertência foi uma decisão dos próprios professores para que haja a abertura de negociação com o poder municipal.
Já para Ednaldo Figueiredo, presidente do Sindicato dos Professores, o resultado da paralisação nasceu de assembléia da classe em que se decidiu pela chamada de atenção para que o piso seja implantado como forma de valorização dos profissionais do magistério em Icó. Presente também no movimento estava Hélida Rolim, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Icó e disse que a paralisação de um dia servirá de advertência para que a Secretaria de Educação cumpra a obrigação da Lei que fixa o teto salarial dos profissionais da educação, mas que poderá se transformar em greve ,por tempo indeterminado, caso não haja resposta por parte do município. “Nossa reivindicação é justa. A lei fixa o piso salarial em R$ 980,00 reais que com complementos se estabelece em R$ 1.132,80. Estamos distantes deste valor e a lei precisa ser cumprida”, disse Hélida. Sobre a possibilidade de continuidade do movimento Hélida afirmou: “Esta paralisação será de apenas um dia. Temos reunião agendada com o prefeito e com o secretário de educação para terça feira, dia 09, caso não haja solução decretaremos a greve indeterminada a partir do dia 22”, afirmou.
A opinião dos três sindicalistas e também dos professores presentes ao movimento é de que o município precisa rever sua posição e cumprir a determinação da Lei para valorizar o profissional como forma de melhoria da atividade de ensino. “O professor satisfeito trabalha melhor e apresenta melhores resultados”, disse Hélida. Ednaldo Figueiredo informou ainda que houve total adesão dos professores e todas as escolas do município paralisaram as atividades nesta sexta feira. O movimento se reuniu em frente à secretaria de educação com faixas e cartazes e depois caminhou pelas ruas do centro da cidade.
Texto escrito por Wilton Menezes/Getúlio Oliveira.
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