Depois de avaliação criteriosa em que a base principal está firmada na observação, é possível concluir que o município de Icó, principalmente após o inverno, está com sua infra-estrutura completamente comprometida. Será exagero afirmar que estas questões foram destruídas agora, pois, na verdade, elas já eram muitos ruins.
Entretanto, se romperam de vez. As estradas municipais estão completamente destruídas. Em muitas situações não é mais possível apenas passar a máquina para remover terra de um lugar para outro, agora é preciso trazer piçarra, geralmente de longas distâncias, para deixá-las em condições de uso. As passagens de água se foram e, em geral, tudo precisa começar do zero.
É o caso da estrada de Pedrinhas e do Icozinho, onde não há a mínima condição de tráfego. A mesma situação se observa no distrito de Cruzeirinho, na região de Mulungu, na bacia do Açude Lima Campos e na extensa área do perímetro Irrigado. Tudo precisa começar de novo. Na cidade de Icó, que já tem estrutura deficiente de há muito, a situação não é diferente.
Falta rede de esgoto em aproximadamente 65% da zona urbana e pavimentação em pedra em pelo menos 50%. É um custo elevadíssimo que se faz necessário enfrentar. É sabido que o município sozinho não tem a menor condição de arcar com a despesa e precisará de muito investimento estadual e federal. Enquanto isto, o grande vilão municipal é a inadimplência, pois enquanto não for resolvida não abrirá os caminhos para a recepção de dinheiro novo.
O prefeito Marcos Nunes terá que vencer o dilema do ser ou não ser e abandonar todas as concepções políticas e partidárias do passado, inclusive do pacto que o elegeu, para montar equipe técnica eficiente na busca de construir um novo tempo, como é seu slogan. Por sua vontade, poderá, também, deixar assim mesmo e ficar na janela observando a banda passar.
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* Editorial da edição 193 do Jornal Folha do Salgado
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